Porta-voz do PS defende nacionalização do Novo Banco

João Galamba defende que ex-BES não seja vendido.

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João Galamba diz que os custos já estão do lado dos contribuintes Nuno Ferreira Santos

O deputado socialista João Galamba, que é igualmente o porta-voz do PS, defende a nacionalização do Novo Banco como a melhor solução, juntando-se, assim, às vozes que nos últimos dias se têm manifestado contra a venda do banco que ficou com parte dos activos do BES.

“O banco já é do Estado [através do Fundo de Resolução], só que é de transição. Eu só quero que o Estado assuma plenamente e de forma normal aquilo que já existe”, disse João Galamba em declarações ao Diário de Notícias.

Para o deputado socialista, os custos de uma nacionalização já foram assumidos a 13 de Agosto de 2014, com o Fundo de Resolução. “O banco foi nacionalizado nesse dia e o passivo passou para o Estado”, defende Galamba, para quem “nacionalizar de facto não traz novos custos, apenas reconhece custos que sempre existiram.”

Depois de o presidente do PS, Carlos César, ter dito no sábado ao Expresso que as propostas de compra apresentadas pelo Novo Banco eram “vexatórias” admitindo a nacionalização, agora é Galamba que vem disparar contra a proposta do Lone Star, o fundo que o Banco de Portugal considerou mais bem colocado para comprar o Novo Banco.

“A Lone Star tem como estratégia maximizar a execução da garantia vendendo activos ao desbarato”, criticou João Galamba, acrescentando: “Se aquela proposta de que se fala é verdade [venda por 750 milhões de euros + 2500 milhões de euros de garantias do Estado], o banco tem um valor negativo de 1750 milhões". Ou seja: "O Estado tem de lhe pagar para o comprador ficar com o banco."

Ao DN, os deputados socialistas Eurico Brilhante Dias e Paulo Trigo Pereira também defendem que o cenário de nacionalização deve ser mantido em aberto.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, já afirmou que todas as possibilidades devem ser mantidas em cima da mesa, sendo que, como o PÚBLICO noticiou, para o primeiro-ministro e para o Presidente da República a nacionalização é vista como uma solução de última linha.

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