Polícia israelita questionou Benjamin Netanyahu sobre prendas ilegais
A polícia informou sobre o fim do interrogatório ao primeiro-ministro israelita mas não ofereceu mais nenhum detalhe.
A polícia israelita interrogou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por suspeita de corrupção, durante três horas na residência do governante em Jerusalém, informou um porta-voz policial, em comunicado. Em causa está a aceitação de prendas por parte de empresários, noticiou a imprensa israelita.
Netanyahu jánegou as notícias que têm saído nos jornais, afirmando que "não têm fundamento". A imprensa avançou que o chefe do Governo recebeu presentes de pelo menos dois empresários.
Num encontro do seu partido, o Likud, nesta segunda-feira à tarde, Netanyahu voltou a negar o seu envolvimento em quaisquer práticas incorrectas. "Temos vindo a prestar atenção às notícias nos media, temos ouvido o ambiente de celebração e a atmosfera nos estúdios de televisão e pelos corredores da oposição. Eu gostaria de lhes dizer 'Parem com as celebrações', não se precipitem", afirmou o primeiro-ministro israelita, concluindo: "Não haverá nada, porque não há nada".
A televisão israelita Canal 2 noticiou que Netanyahu aceitou "favores" de empresários em Israel e no estrangeiro e que o chefe de Governo é o principal suspeito numa segunda investigação que também envolve membros da sua família. A cadeia de televisão também adiantou que uma investigação criminal deverá ser lançada na próxima semana.
O ministro da Justiça de Israel e a polícia escusaram-se a comentar as notícias.
O deputado do partido União Sionista (na oposição) Erel Margalit tem vindo a impulsionar uma campanha para que Netanyahu seja formalmente investigado sobre as alegadas transferências de dinheiro de doadores para uso pessoal do primeiro-ministro israelita.
Também pretende investigar a informação de que o advogado pessoal de Netanyahu representou uma empresa alemã envolvida na venda de submarinos a Israel no valor de 1,5 mil milhões de dólares.