Breve cronologia da guerra na Síria
Março de 2011
Começam as manifestações de rua em Damasco, inspiradas pela Primavera Árabe, com milhares de pessoas a pedir a mudança de regime, depois de 40 anos de Governo da família Assad. Os protestos são reprimidos com violência e a contestação radicaliza-se. Em Julho, organiza-se o Exército Livre da Síria, ao qual depois se juntarão grupos de tendência islamista.
Julho de 2012
Os bombardeamentos sucedem-se em várias regiões do país, à medida que o território vai sendo disputado e dividido pelas forças governamentais e rebeldes. A oposição avança em Julho para a capital: a primeira batalha de Damasco termina com o Governo a controlar o centro e os rebeldes a expandirem-se pelos subúrbios da cidade.
Agosto de 2013
Em 2013, o regime começa a lançar barris de explosivos sobre os sectores controlados pela oposição. Em Agosto, vai mais longe e ataca dois bastiões da oposição com gás sarin: morrem 1429 pessoas, 426 das quais crianças. Os EUA ameaçam retaliar contra Assad, mas a Rússia evita o confronto, negociando um acordo para a destruição das armas químicas sírias.
Setembro de 2014
O número de actores na guerra da Síria cresce consideravelmente. Assad tem ao seu lado o Irão e o Hezbollah. No Norte do país, o Daesh e grupos jihadistas como a Frente al-Nusra eclipsaram a oposição. Os EUA montam uma coligação para combater os extremistas na Síria, com o apoio dos curdos.
Agosto de 2015
A Turquia lança a operação “Escudo do Eufrates” na fronteira Norte da Síria, para conter o Daesh e as forças curdas aliadas de Washington. Em Setembro, com o regime a fraquejar, a Rússia inicia uma campanha aérea contra os grupos terroristas e em auxílio de Assad.
Dezembro de 2016
Assad recupera a cidade de Alepo, naquela que é a sua maior vitória militar desde o início da guerra. Irão, Rússia e Turquia anunciam um acordo de cessar-fogo que permite a evacuação da zona Leste da cidade, onde permaneciam milhares de habitantes e combatentes rebeldes.