Polícias têm de ter novas fardas no início do ano, mas há ruptura de stock
O Sindicato Nacional de Polícia emitiu um comunicado a alertar para a situação e pediu à Direcção Nacional da PSP um período de transição, para impedir que os agentes violem o regulamento.
A partir de 1 de Janeiro é suposto os polícias mudarem de visual. O actual blusão de nylon, por exemplo, é extinto. O problema é que não há fardamentos novos em número suficiente para fazer a renovação a tempo do início do ano, como prevê a legislação. O Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) emitiu esta quarta-feira um comunicado a alertar para a situação e pediu à Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) um período de transição, para impedir que violem o regulamento. O PÚBLICO tentou, sem sucesso, obter uma reacção da corporação.
Muitas das peças do fardamento actual deixam de poder ser usadas. Uma delas é o blusão de nylon, que passa a ser de tom diferente, com as insígnias em sítios diferentes. Mais de metade dos cerca de 20 mil polícias o usam. O problema é que os depósitos oficiais da PSP que fornecem este vestuário não têm peças em número suficiente nesta altura do ano, denuncia o presidente do Sinapol, Armando Ferreira. Ao mesmo tempo, a plataforma digital prevista para a encomenda e aquisição de equipamentos de substituição ainda não existe. “Os agentes não têm onde comprar o equipamento", aponta o dirigente.
O que o Sinapol propôs à direcção da PSP é que seja criado um período de transição mais alargado, caso contrário, muitos agentes poderão estar, no início do ano, a violar os regulamentos do fardamento.
A portaria que aprovou os novos uniformes justifica a mudança com o objectivo de “melhorar a estética, o conforto e a qualidade dos artigos de fardamento”. O novo blusão policial, por exemplo, passa a ser “em tecido transpirável de cor azul-escuro. Dotado de forro completo amovível, fixado por fechos de correr e molas de pressão" e "tem, nos ombros, túneis para platinas", dois bolsos, com fecho, e abotoa à frente com botões de mola e fecho de correr sob carcela.”