Pedro Rebelo de Sousa é a novidade na administração do Haitong
O chinês Hiroki Miyazato acumula as presidências do Conselho de Administração do Haitong Bank e da Comissão Executiva
A nova composição do conselho de administração do Haitong Bank (ex-BESI) está fechada e pronta para ser submetida nos próximos dias a análise do Banco de Portugal. Terá menos elementos do que a integrada por José Maria Ricciardi, ex-CEO, que ao fim de 13 anos deixou a instituição bancária. A saída foi acompanhada de mais três gestores executivos: Felix Aguirre, Rafael Valverde e Frederico Alegria.
O chinês Hiroki Miyazato acumula agora as presidências do conselho de Administração do Haitong Bank e da comissão executiva, onde se mantêm em funções o português Paulo Martins, o brasileiro Alan Fernandes, o francês Christian Minzolini e o chinês (e CFO) Mo Yin Poon. Nuno Cardoso, que estava antes na administração, passa a ser executivo.
Tal como tinha avançado o PÚBLICO, o advogado Pedro Rebelo de Sousa foi convidado para se sentar nos órgãos sociais da instituição na qualidade de não executivo. Já esta segunda-feira ficou a saber-se pelo jornal i que o convite foi aceite. A nova administração (não executiva) deverá ter apenas dois elementos a que se junta o chairman Hiroki Miyazato.
Para além de presidente do gabinete SRS Advogados, Rebelo de Sousa tem uma carreira na banca onde exerceu actividade em Nova Iorque no Citigroup entre 1985 a 1990. Isto, foi antes de assumir a presidência do Banco Fonseca & Burnay, até à privatização ganha pelo BPI. Rebelo de Sousa esteve ainda à frente do Instituto Português de Corporate Governance (IPCG).
O Haitong Bank Portugal (detido pelo Haitong, com sede em Xangai) resulta da alienação em 2015 do ex-BESI, um negócio que rendeu ao Novo Banco um encaixe de 379 milhões de euros. Hoje, é o único grupo de banca de investimento internacional com sede em Lisboa e, de acordo, com as condições da venda terá de manter-se a operar em Portugal durante os próximos anos.