Lalanda e Castro demite-se da Octapharma
Em causa a investigação ao negócio do plasma em Portugal.
Paulo Lalanda e Castro apresentou ao Conselho de Administração da Octapharma a sua demissão de todas as funções que desempenha na empresa, o que foi aceite, anunciou esta noite a farmacêutica, em comunicado.
Segundo a Octapharma, a demissão foi apresentada na sequência de uma investigação relacionada com o negócio do plasma, que envolve a farmacêutica que foi alvo de buscas, acrescenta a nota.
"Na sequência das referidas diligências, e de forma a focar-se na resposta às alegações que sobre si recaem, o Exmo. Sr. Paulo Lalanda e Castro apresentou ao Conselho de Administração da Octapharma A.G. a demissão de todas as funções que desempenha na companhia, incluindo as exercidas em Portugal, a qual foi aceite", refere o comunicado divulgado nesta quarta-feira.
A investigação em curso, designada O negativo, resultou já na detenção de Luís Cunha Ribeiro, antigo presidente da Administração Regional de Saúde e do Instituto Nacional de Emergência Médica, alegadamente por actos que deram à Octapharma o monopólio da venda de plasma inactivado aos hospitais públicos.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, na investigação em curso estão “factos susceptíveis de integrarem a prática de crimes de corrupção activa e passiva”.
Lalanda e Castro, que foi o patrão do ex-primeiro-ministro José Sócrates, é o homem forte da Octopharma. É arguido na Operação Marquês, que envolve Sócrates, e também foi acusado, no âmbito do processo dos vistos gold, de dois crimes de tráfico de influência.
Comentários
Últimas publicações
Tópicos disponíveis
Escolha um dos seguintes tópicos para criar um grupo no Fórum Público.
Tópicos