A Mulher Maravilha deixou de ser "embaixadora" da ONU
Nomeada em Outubro para o empoderamento feminino, a escolha da personagem de banda desenhada gerou polémica e contestação.
A Mulher Maravilha já não é a "embaixadora" da ONU para o empoderamento feminino. A personagem de banda desenhada criada em 1941 (Wonder Woman no original, em inglês) permaneceu no cargo apenas dois meses.
A nomeação da Mulher Maravilha, anunciada em Outubro, levantou polémica e contestação, tendo dado origem até a uma petição que reuniu quase 45 mil assinaturas contra a escolha das Nações Unidas. O porta-voz Jeffrey Brez explicou, no entanto, que as campanhas onde se utilizam personagens ficcionais não duram mais do que alguns meses, cita a Reuters.
Assim que foi anunciada a escolha há dois meses, começaram os protestos. E as razões pelas quais muitas pessoas se insurgiram centrava-se, principalmente, no facto de não ser uma pessoa real, que pudesse viajar ou falar, e por ser uma personagem “manifestamente sexualizada num momento em que a objectificação de mulheres e raparigas é destaque nos Estados Unidos e no resto do mundo”, lia-se na petição.
A Mulher Maravilha foi criada pela DC Comics no final de 1941, quatro anos antes da fundação da ONU. Não é a primeira personagem ficcional a tornar-se embaixadora da ONU. O Ursinho Puff foi embaixador honorário da Amizade em 1998 e, 11 anos depois, a fada Sininho assumiu funções enquanto embaixadora honorária do Ambiente.