O próximo secretário de Estado norte-americano deve ser um homem do petróleo: o director-geral da Exxon-Mobil, Rex Tillerson, que passou para o topo da lista dos favoritos e que a NBC News diz que já foi escolhido por Trump para chefiar a diplomacia dos Estados Unidos.

A Exxon-Mobil é a oitava maior empresa do mundo em receita e tem um longo historial de fazer lobby para tentar desacreditar as alterações climáticas, além de vários casos problemáticos na forma como lidou com abusos de direitos humanos e o derrame do Exxon Valdez no Alasca, em 1989, considerado um dos piores de sempre, em termos de consequências ambientais.

Tillerson tem ligações à Rússia: como executivo da Exxon, capitaneou a relação entre a empresa e Kremlin em 2011, para poder assinar um contrato com a petrolífera estatal Rosneft e assim explorar petróleo no Árctico russo.

“Acho inconcebível que Tillerson alguma vez diga uma palavra sobre direitos humanos a [Vladmir] Putin. Mas vou manter uma mente aberta”, escreveu no Twitter o republicano Michael McFaul, ex-embaixador dos EUA em Moscovo, que teve uma atitude muito crítica com a Rússia.