O acordo à esquerda "valeu a pena", avalia Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do PCP, reeleito este domingo, esteve na manhã desta terça-feira na TSF a responder a perguntas dos ouvintes.

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Jerónimo de Sousa afirma que o acordo à esquerda foi "retomar de esperança" Enric Vives-Rubio/PÚBLICO

Jerónimo de Sousa esteve nesta terça-feira no Fórum TSF para comentar o XX Congresso do PCP e o trabalho desenvolvido pelo partido comunista, para o qual foi reeleito secretário-geral este domingo.

“Não, não [foi uma batalha difícil]. Aquela unidade em torno dos documentos [deste congresso] foi uma longa caminhada”, garantiu o comunista. O político destacou que “as dúvidas e preocupações foram profundamente debatidas” nas 2151 reuniões que antecederam o Congresso. “Foi resultado de uma construção em movimento, com grande discussão democrática. Não foi proclamatório”, sublinhou o secretário-geral reeleito.

“A nossa análise e reflexão começou um pouco antes das eleições, com as sondagens que indicavam que o PSD e CDS deixariam de ter maioria na Assembleia” da República, conta Jerónimo.

“Havia um esforço último do PSD e CDS para formar Governo. Tínhamos um PS conformado com os resultados. A nossa discussão levou a concluir que PSD e CDS não tinham condições para continuar”, disse. “Antes das eleições, não tirávamos conclusões rígidas, mas fazíamos a análise tendo em conta o desfecho dessas eleições”, acrescentou.

Mais de um ano depois de o PCP se ter juntado ao PS num acordo para formar Governo, Jerónimo de Sousa faz um balanço positivo. "Valeu a pena. Acabou-se com o pesadelo do Governo PSD/CDS", avaliou. "Foi um retomar da esperança", acredita o comunista.

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