Paulo Macedo aceitou ser presidente da CGD

Ex-ministro da Saúde sucede a António Domingues. Dois gestores da actual equipa poderão ficar na comissão executiva.

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Miguel Manso

O Governo confirma que convidou Paulo Macedo para ser o novo CEO da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que aceitou o desafio. À frente do conselho de administração não executivo vai estar Rui Vilar, que era o vice-presidente de António Domingues e que nos anos noventa foi presidente executivo da instituição financeira estatal. Vilar esteve a colaborar com o Governo para encontrar uma solução de gestão que evitasse manter o maior banco público no impasse, depois de Domingues ter renunciado.  O banco público volta assim para o anterior modelo de governação, com um conselho de administração e uma comissão executiva.

Com esta solução, António Costa promove uma solução “bloco central” na CGD, com o apoio do Bloco de Esquerda. Apesar de ter sido ministro da Saúde de um governo do PSD, Paulo Macedo assume-se como independente. Foi ainda administrador do BCP, quando Carlos Santos Ferreira liderava a instituição, e está na área seguradora do grupo. Cabe a Macedo, com origem no sector da auditoria, e com o apoio de Rui Vilar, levar por diante o plano de recapitalização de António Domingues, já negociado com Bruxelas. 

Na comissão executiva, para além de José João Guilherme, ex-BCP e ex-Novo Banco, que foi dado como tendo sido sondado por Paulo Macedo, o PÚBLICO sabe que está a ser equacionada a possibilidade de se manter dois gestores da actual equipa chefiada por Domingues.

A hipótese em aberto envolve Tudela Martins e Tiago Ravara Marques, que Domingues foi buscar ao BPI. Já Pedro Leitão, ex-PT, deve ficar de fora. Os três gestores, tal como Domingues, já depositaram no Tribunal de Constitucional as suas declarações de rendimentos e de património.

No entanto, caso acabem por não ficar, nos dois casos em não houve renúncia aos cargos estes terão de receber uma indemnização para saírem da CGD, pelos anos de contrato que assinaram.

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