Donald Trump diz que vai cortar ligações com as suas empresas

Presidente eleito dos EUA diz que quer eliminar qualquer hipótese de conflito de interesses e marcou uma conferência de imprensa com os seus filhos. Três deles são vice-presidentes executivos da Trump Organization.

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Trump marcou uma conferência de imprensa para 15 de Dezembro JEFF KOWALSKY/AFP

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu esta quarta-feira, através da rede social Twitter, que vai sair das suas empresas para se "concentrar totalmente na gestão do país".

Numa série de quatro mensagens, Trump começou por anunciar uma conferência de imprensa sobre o assunto, marcada para 15 de Dezembro, em Nova Iorque, que contará com a participação dos seus filhos – três deles, Donald Jr., Eric e Ivanka Trump, são vice-presidentes executivos da Trump Organization.

O Presidente eleito está a formar a sua Administração, que vai iniciar funções no dia 20 de Janeiro, e havia dúvidas sobre que tipo de ligação manteria com o império do imobiliário e dos casinos que construiu – e se poderia haver algum tipo de conflito de interesses.

Trump garantiu esta quarta-feira que deixar de ter qualquer intervenção nas suas empresas: "Vou dar uma importante conferência de imprensa na cidade de Nova Iorque, com os meus filhos, no dia 15 de Dezembro, para discutir o facto de que vou abandonar os meus fantásticos negócios para me concentrar totalmente na gestão do país, para FAZER A AMÉRICA GRANDE OUTRA VEZ!"

Na mesma série de tweets, Trump disse que não é obrigado por lei a tomar essa decisão, mas chegou à conclusão de que é "visualmente importante" garantir que "não existe nenhum conflito de interesses com os vários negócios" em que se foi envolvendo ao longo das últimas quatro décadas.

"Assim, estão a ser preparados documentos legais para me tirarem completamente da gestão dos negócios. A Presidência é uma tarefa muito mais importante!", escreveu o Presidente eleito.

Numa referência a um potencial conflito de interesses entre o magnata Trump e o Presidente Trump, o ainda Presidente Barack Obama revelou de que forma resolveu esse problema quando chegou à Casa Branca – para garantir que não iria ter, como se veio a revelar, nenhum escândalo financeiro pessoal.

Mesmo salientando que as suas contas bancárias e o seu património não se comparavam aos de Donald Trump, Barack Obama disse que transformou tudo o que tinha em títulos do Tesouro: "Não tive de me preocupar com as complexidades de tomar uma decisão que poderia beneficiar-me de forma inadvertida", disse Obama durante uma passagem pelo Peru, há pouco mais de uma semana.

Donald Trump não adiantou nada sobre quem ficará à frente da sua Trump Organization, mas poucos duvidam de que os seus filhos vão continuar a ter papéis de grande relevo.

 

 

 

 

 

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