Veterinários portugueses são dos mais atingidos pelo desemprego na Europa

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NFS - Nuno Ferreira Santos

Portugal tem uma das maiores taxas de desemprego da Europa entre os médicos veterinários: 5,3%, segundo um estudo feito pela federação europeia do sector. Um quarto dos desempregados está sem trabalho há mais de dois anos. Uma situação apesar de tudo bastante melhor do que a da Espanha, um dos quatro países — juntamente com a Ucrânia, a Itália e a Alemanha — responsáveis por metade de todos os veterinários europeus.

Já em 2000, a Federação dos Veterinários da Europa tinha instado a União Europeia a limitar o número de estudantes e de estabelecimentos de ensino superior.

É também com base em dados da Federação dos Veterinários da Europa que dois estudiosos do fenómeno, Emir Chaher e Paulo Gomes Pereira, dizem que, caso a tendência se mantenha, dentro de dez anos iremos ter um rácio de veterinários por cada dez mil habitantes que será duas vezes superior ao de países como França, Reino Unido e Alemanha.

Como também há mais veterinários por animal de companhia (cães e gatos) do que noutros países, “desequilíbrio com tendência para se agravar”, o futuro da classe não se mostra risonho. “Conseguimos superar as piores estimativas e em 2013 atingimos um incremento de quase 140% na população de médicos veterinários em Portugal. No mesmo período (2000-2013), a população nacional aumentou menos de 5%”, descrevem Emir Chaher e Paulo Gomes Pereira, cujas projecções apontam para que, já em 2023, existam 7,37 profissionais por cada dez mil habitantes do país.

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