Israel e Palestina com "grande esperança" sobre mandato de Guterres na ONU

Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em visita oficial ao Médio Oriente, reuniu-se com o primeiro-ministro israelita na quinta-feira e esta sexta-feira com o presidente da Autoridade Palestiniana.

Foto
Santos Silva encontrou-se com Mahmud Abbas Reuters/HANDOUT

O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou esta sexta-feira que o primeiro-ministro israelita e o presidente da Autoridade Palestiniana lhe transmitiram uma “grande esperança” quanto ao mandato de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

“Quer em Israel quer em Ramallah, as palavras que ouvi foram de grande esperança em relação ao mandato de António Guterres”, disse à Lusa o chefe da diplomacia portuguesa, ao telefone a partir da Palestina, onde hoje realiza uma visita oficial, depois de se ter deslocado a Israel na quarta-feira e quinta-feira.

Augusto Santos Silva descreveu que “são reconhecidos o seu conhecimento profundo dos dossiês, a sua grande experiência política e as suas capacidades de diálogo e de negociação”, quando questionado sobre que posição lhe tinham transmitido as autoridades israelitas e palestinianas durante os encontros que manteve nos últimos três dias.

“Quer em Israel quer na Palestina, ouvi palavras muito simpáticas, de grande confiança na acção do engenheiro Guterres e, sobretudo, que o próximo secretário-geral seja capaz de manter o conflito israelo-palestiniano como uma das preocupações essenciais e, portanto, como um dos tópicos da agenda internacional”, disse o ministro.

Em Israel, Santos Silva encontrou-se com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu – que também desempenha a função de ministro dos Negócios Estrangeiros -, com o Presidente, Reuven Rivlin, e com deputados e dirigentes da oposição.

Na Palestina, o governante português reuniu-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e com o seu homólogo, Riad Malki.

Santos Silva comentou que, desde que António Guterres foi eleito para o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas, cargo que assumirá a 1 de Janeiro de 2017, "o interesse pela posição portuguesa" em matérias da agenda internacional "aumentou muito".