O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, espera que as reuniões do Presidente da República com os parceiros sociais, marcadas para a próxima segunda-feira, possam reforçar a disposição para o consenso na concertação social.

Marcelo Rebelo de Sousa convocou as quatro confederações patronais e as duas confederações sindicais para avaliar a viabilidade de um acordo de médio prazo que inclua matérias laborais, fiscais e a evolução do salário mínimo nacional. 

“O Presidente da República, ao afirmar essa vontade, está a ir ao encontro de um desejo que os portugueses têm”, referiu o ministro à margem do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2017.

“A voz do Presidente da República é uma voz que, estou certo, reforça a disposição para o consenso”, acrescentou, lembrando que chegar a um acordo na concertação não é “tarefa fácil”, porque “há visões contraditórias e interesses contraditórios”.

Também nesta sexta-feira, questionado sobre os encontros, o Presidente da República disse esperar "receptividade por parte dos parceiros patronais e laborais" para que haja "um entendimento, pequeno que fosse, a médio prazo".

"Eu espero dizer que seria importante para o país um entendimento, pequeno que fosse, a médio prazo, a 2019 ou 2020. Vamos ver se é possível haver a receptividade por parte dos parceiros patronais e laborais", disse, citado pela Lusa, no final da cerimónia de abertura solene do Ano Lectivo da Escola Naval.