BCP com prejuízos de 251 milhões

Actividade internacional ajudou a compensar ciclo negativo dos primeiros nove meses.

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Nuno Amado, CEO do BCP Reuters/RAFAEL MARCHANTE

O BCP registou nos primeiros nove meses deste ano prejuízos de 251 milhões de euros, valor que, no mesmo período do ano anterior, foi positivo de 264, 5 milhões de euros. A actividade internacional ajudou a compensar o ciclo negativo com 134,8 milhões de euros. 

 A informação acaba de ser divulgada pelo presidente, Nuno Amado, que está a apresentar as contas trimestrais, depois de ter participado na assembleia-geral do banco que foi interrompida para ser retomada no próximo dia 21 de Novembro. 

As contas do exercício foram influenciadas pelo reforço das imparidades de crédito que dispararam 49,7%, situando-se entre Janeiro e Setembro do corrente exercício em 816,7 milhões, valor que em 2015 foi de 545,4 milhões. Já o rácio de transformação do crédito sobre recursos de balanço está agora em 100% (o BCP dá tanto de credito quanto tem de depósitos), o que traduz uma descida em 5% (o BdP recomenda que a fasquia não ultrapasse os 110%).

Nuno Amado recusou comentar a informação que aponta para o facto de a petrolífera angolana Sonangol ter solicitado às autoridades de supervisão (BCE) autorização para subir a sua posição no BCP para mais de 20% (hoje detém 17%). O dado foi esta tarde avançado por accionistas presentes na assembleia geral. O CEO não esclareceu se foi informado pela Sonangol da intenção.

 O banqueiro justificou o adiamento da reunião magna, para 21 de Novembro, por ser necessário continuar a discutir o alinhamento das várias posições accionistas e do próprio banco, mas também com as do BCE. Em causa está o pedido da Fosun de subir a fasquia da blindagem do capital do BCP de 20% para 30%. Notou ainda que na AG "mais de 90% do capital presente [35%] votou manter" a blindagem do capital, faltando apenas definir a fasquia.

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