China promete cortar emissões de dióxido de carbono em 18% até 2020

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Reuters/JASON LEE

 A China anunciou um novo plano no âmbito das alterações climáticas em que define a meta de reduzir as emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto em 18% até 2020 face aos níveis de 2015.

Ao abrigo do plano do Conselho de Estado chinês, divulgado na sexta-feira, dia da entrada em vigor do Acordo de Paris, o consumo de carvão deve manter-se abaixo dos cinco mil milhões de toneladas até ao final de 2020.

Em contrapartida, dever-se-á aumentar para 15% a quota do uso de energia gerada através de combustíveis não-fósseis, como hidráulica, nuclear, eólica e solar, cuja respectiva capacidade instalada deve atingir 340 milhões, 58 milhões, 200 milhões e 100 milhões de quilowatts.

Já a quota do gás natural no consumo de energia global deve ser elevada para cerca de 10% em 2020, segundo o mesmo plano.

Maior poluidor mundial, a China estabeleceu 2030, como meta para atingir o pico das emissões de dióxido de carbono, ao abrigo do Acordo de Paris e comprometeu-se a avançar com um sistema nacional de comércio de direitos de emissão de dióxido de carbono em 2017.

O Acordo de Paris, o primeiro pacto universal contra o aquecimento global, entrou simbolicamente em vigor na sexta-feira, menos de um ano após ser adoptado, mas há um longo caminho a percorrer até à sua aplicação.

A entrada em vigor ocorre após o Acordo de Paris, adoptado a 12 de Dezembro do ano passado por 195 países na capital francesa, ter sido ratificado pelo número suficiente de países que representem 55% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.

Nas vésperas da 22.ª Conferência do Clima da ONU (COP22), que arranca na segunda-feira em Marraquexe, um total de 94 países, dos 192 signatários, já ratificaram o Acordo de Paris, um ritmo que ultrapassou as expectativas dos especialistas.