O XI encontro empresarial ibero-americano terminou com um forte apelo ao Governo da Venezuela para que estabeleça um diálogo social que leve à normalização do país e das relações sociais, empresariais e laborais.

"Fazemos um apelo urgente à república bolivariana da Venezuela para que estabeleça um diálogo social franco e construtivo com o sector privado para que proteja, de forma prioritária, a propriedade privada, a liberdade de associação, a livre iniciativa empresarial e o direito a um trabalho decente", leu um dos representantes do encontro, no encerramento que contou com a presença dos Presidentes de Portugal, Colômbia, México, Peru, Chile e do Rei de Espanha.

O apelo estende-se também à Organização Mundial do Trabalho para que também insista junto do Governo de Nicolas Maduro para que haja um "pleno restabelecimento do diálogo tripartido" na Venezuela.

Outra grande preocupação dos empresários é o contrabando, pelo que pedem aos governos maior combate ao tráfico de bens.

As conclusões do encontro também pedem a criação do observatório ibero-americano de empreeendorismo e uma maior integração dos jovens na economia formal.

Encontros de Marcelo com empresários e Peru

Antes da participação no encerramento deste encontro, o Presidente português reuniu-se com várias empresas portuguesas com negócios crescentes na América latina, como a Mota-Engil que, recentemente, ganhou um concurso para construção de escolas na Colômbia no valor de 200 milhões de euros.

Foi também o caso da Jerónimo Martins que em dois anos abriu 190 lojas na Colômbia e nos próximos anos quer chegar às mil em toda a América latina.

Outro encontro que o Presidente português teve na tarde de sexta-feira foi com o chefe de Estado do Peru, com quem falou da situação de vários países da região, entre as quais a da Venezuela.