Passos desafia críticos a aparecerem e promete dar luta

Líder do PSD ouviu algumas discordâncias sobre a estratégia que tem seguido na oposição durante a reunião do Conselho Nacional

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O PSD reuniu ontem à noite o seu conselho nacional NFS - Nuno Ferreira Santos

Foi com uma posição de firmeza na liderança do PSD que Passos Coelho encerrou a reunião do Conselho Nacional desta quarta-feira à noite. Será candidato a primeiro-ministro com a estratégia que tem seguido e se alguém tiver uma alternativa diferente que apareça, disse, de acordo com relatos feitos ao PÚBLICO. Passos Coelho prometeu dar luta numa disputa da liderança.

O líder do PSD ouviu algumas críticas de conselheiros nacionais sobre o contraste da estratégia “eleitoralista” seguida pelo Governo, designadamente no caso do aumento de dez euros das pensões em Agosto do próximo ano, mesmo antes das autárquicas, e a actuação do próprio que já anunciou a apresentação de propostas “estruturantes” para a economia do país. Uma opção que é menos apelativa para o eleitorado, segundo alguns conselheiros nacionais. Houve até quem lembrasse que já quando o PSD era Governo poderia ter evitado cortar todos os subsídios de um casal de funcionários públicos. A estas críticas de colocar a governação e o país sempre acima do partido, Passos Coelho respondeu com uma declaração de firmeza na liderança e um desafio a quem a queira disputar. O líder do PSD reafirmou que será candidato a primeiro-ministro com base na estratégia que tem desenvolvido sem propostas ilusórias. Quem tiver um caminho diferente que apareça, desafiou o ex-primeiro-ministro, mas saberá que o terá como adversário.

A posição – assumida numa curta intervenção no final da reunião – foi entendida como um ensaio para uma defesa numa eventual derrota nas eleições autárquicas onde o PSD fixou como objectivo ganhar mais câmaras e para isso precisa de conquistar mais de 40 municípios sem perder as que lidera.

Na intervenção inicial, o líder do PSD não fez qualquer referência às eleições autárquicas e gastou quase todos os 40 minutos a criticar a proposta de Orçamento do Estado para 2017. 

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