Governo colombiano e as FARC retomam negociações em Havana

O acordo de paz foi rejeitado pelo povo em referendo no início do mês. Agora deu-se início a um "diálogo construtivo".

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Manifestantes em Bogotá, na sexta-feira, a favor da paz AFP/GUILLERMO LEGARIA

O governo colombiano e os guerrilheiros marxistas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) retomaram as negociações neste sábado, em Havana, Cuba, com o objectivo de alterar o acordo de paz que assinaram, mas que foi rejeitado pelos colombianos no referendo do passado dia 2 de Outubro.

"Delegados e conselheiros do Governo e das FARC em Havana. Encontro. Iniciar um diálogo construtivo. Caminhar para a Paz", anunciou na sua conta do Twitter a delegação do Governo colombiano, acrescentando à publicação uma foto da reunião, num hotel.

A rede social foi também usada pelo comandante das FARC, Timoleon Jimenez, conhecido por Tymoshenko: "A atmosfera é óptima. Caminhar para a Paz", twittou, sublinhando que as partes estavam "à procura de pontos de convergência".

Um acordo histórico com a guerrilha marxista, destinado a acabar com um conflito com mais de 50 anos, foi assinado a 26 de Setembro pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos – que foi escolhido para receber o prémio Nobel da Paz este ano. As negociações anteriores, também realizadas em Havana, decorreram  ao longo de quase quatro anos.

Antes de voar para Havana, o negociador-chefe do Governo, Humberto de la Calle, admitiu que o processo de paz na Colômbia é "frágil", mas congratulou-se com as "dezenas" de propostas de diferentes sectores sociais e políticos, assim como da oposição, para alterar o acordo original.

Os confrontos com as FARC fizeram mais de 260.000 mortos.

Reportagem: Na Colômbia só o perdão pode acabar com a guerra

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