Marcelo, há sete meses à caça de consensos
Marcelo Rebelo de Sousa começou logo no seu discurso do 25 de Abril a apelar a “consensos sectoriais de regime”. Desde então, nunca mais parou.
Abril: Consensos sectoriais
“Sem negarmos a riqueza do confronto, unamo-nos no essencial.”
Março: Saúde
“A saúde é um domínio em que eu penso que é fácil chegarmos a um consenso nacional. Eu disse que queria trabalhar pelos consensos e há domínios em que é mais difícil e vai ser mais difícil nestes primeiros tempos.”
Junho: Dizer não às sanções
“Os consensos são consensos, portanto são à direita e à esquerda. Não há consensos só à direita e só à esquerda. O ideal era que em grandes questões nacionais houvesse consensos muito largos, envolvendo direita e esquerda.”
Setembro: Portugal 2020
“Não sabemos se voltamos a ter outra oportunidade destas. É preciso criar consensos a médio e a longo prazo e deixar apenas a visão a curto prazo.”
Setembro: Justiça
“É necessário que os parceiros não partidários vão muito mais longe e que criem eles as condições para abrir o caminho aos consensos políticos.”
Setembro: Educação
“Na dificuldade de se caminhar para um natural acordo de regime na educação, ao menos que se valorize quem pode, fora dos calores da luta parlamentar ou das solidões governativas, aplanar obstáculos, promover pontes, proporcionar entendimentos.”
Outubro: Finanças Públicas
“Gostaria que houvesse consensos a longo prazo e falei numa legislatura, mas não ousei falar em consensos alargados a nível de finanças públicas.”
Outubro: Neurónios
“Eu saio muito feliz, porque eu passo a vida a defender consensos, acordos, e aparentemente os especialistas do cérebro dão-me razão.”