Líderes políticos envolvidos em escândalos sexuais

Donald Trump não é o primeiro político a ver-se envolvido em escândalos sexuais.

Foto
Dominique Strauss-Kahn, Silvio Berlusconi ou Bill Clinton são alguns exemplos de políticos acusados de agressões sexuais Reuters/MIKE SEGAR

Tal como Donald Trump, acusado nos últimos dias de agressões sexuais, muitos responsáveis políticos mundiais de primeiro plano envolveram-se também em escândalos semelhantes. Relembramos alguns dos casos:

Dominique Strauss-Kahn

No dia 14 de Maio de 2011, o director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), é detido em Nova Iorque: uma funcionária do hotel Sofitel em Manhattan, Nafissatou Diallo, acusou Strauss-Kahn de tentativa de violação. Na altura, Dominique Strauss-Kahn (DSK) era apontado pelas sondagens como o socialista favorito para as presidenciais francesas de 2012.

DSK acabou por se demitir do cargo que ocupava no FMI e a carreira política esteve perto do fim. Ficou detido na prisão de Rikers Island, acusado de agressão sexual e tentativa de violação, e acabou libertado após o pagamento de uma fiança.

A justiça nova-iorquina retirou, mais tarde, todas as acusações, considerando que tudo não passou de uma “uma história falsa” inventada pela alegada vítima. Em Dezembro de 2012, uma transacção financeira entre Strauss-Kahn e Diallo, de montantes desconhecidos, colocou um ponto final neste caso.

Silvio Berlusconi

Entre Fevereiro e Maio de 2010, Berlusconi é acusado de ter pagado pelos serviços sexuais de uma menor, a marroquina Karima el Mahroug, mais conhecida pelo nome Ruby. Condenado na primeira instância a sete anos de prisão, no âmbito do caso “Rubygate”, em Junho de 2013, “Il Cavaliere” foi mais tarde absolvido, em Março de 2015.

Bill Clinton

Acusado, em primeiro lugar, de assédio sexual por Paula Jones, devido a um suposto episódio ocorrido num hotel, o 42.º Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, voltou depois a ter problemas num caso que envolveu uma estagiária na Casa Branca, Monica Lewinsky, com quem Clinton tinha tido um caso.

No dia 17 de Agosto de 1998, Clinton reconhece ter tido uma “relação inapropriada” com Lewinsky. A 11 de Setembro do mesmo ano, um relatório de investigação acusa o Presidente de ter “mentido sob juramento”, no caso Paula Jones, e de tentar obstruir a justiça no caso Lewinsky. Esta situação levou à abertura de um processo de impeachment que, no entanto, seria rejeitado pelo Senado americano, em Fevereiro de 1999.

Moshé Katzav

O Presidente israelita Moshé Katzav renunciou ao cargo em Julho de 2007 na sequência de um escândalo sexual. Três anos mais tarde, em Dezembro de 2010, foi declarado culpado por duas violações a subordinadas e assédio sexual, crimes cometidos quando liderava o ministério do Turismo de Israel, nos anos 90.

Foi condenado por um tribunal de Tel Aviv, em Março de 2011, a sete anos de prisão e dois anos de pena suspensa. Preso desde Dezembro do mesmo ano, viu ser-lhe recusado, em Agosto deste ano, um pedido de libertação antecipada.

Jacob Zuma

O actual Presidente sul-africano, Jacob Zuma, eleito em Maio de 2009, foi acusado de violação de uma jovem antes de ocupar o cargo. A jovem era seropositiva. Zuma foi absolvido em 2006, mas a indignação alastrou a todo o país por ter afirmado, durante o julgamento, que tinha acabado de “tomar um banho” para evitar o risco de contaminação com o VIH. Na altura, o Presidente liderava também o conselho nacional sul-africano de luta contra a sida.

Sugerir correcção
Comentar