Impostos: Governo chinês "satisfeito" com garantia de Costa
Primeiro-ministro garantiu na China que não haverá mais impostos para empresas. Chefe de Governo chinês ficou contente. EDP, com accionista chinês, tem sido alvo do Bloco.
O primeiro-ministro, assegurou este domingo que não está previsto qualquer tipo de aumento da tributação sobre as empresas no próximo ano e defendeu que o seu Governo tem como objetivo a estabilidade do quadro fiscal.
António Costa deixou esta garantia na conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo chinês, Li Keqiang, após os governos de Portugal e da China terem assinado oito acordos nos domínios da cultura e da economia.
Interrogado sobre a política do executivo português ao nível da estabilidade e competitividade fiscal, António Costa disse que essa tem sido uma opção do seu Governo.
"Quanto à redução progressiva da carga fiscal, foi já dado um primeiro passo em 2016 e será dado um novo passo, seguramente, com a aprovação do próximo Orçamento do Estado, assegurando um quadro de estabilidade na tributação ao nível empresarial", declarou.
De acordo com o primeiro-ministro, até agora, "a única alteração que existiu" ao nível da tributação das empresas foi uma redução da taxa do IVA da restauração [de 23 para 13 por cento] a partir de julho deste ano. "Não houve qualquer tipo de aumento da carga fiscal, nem está previsto qualquer tipo de aumento da tributação sobre as empresas", declarou António Costa, o que motivou, depois, uma reação do primeiro-ministro chinês.
"Ouvir do primeiro-ministro português que não haverá aumento da carga fiscal é uma boa notícia para as empresas chinesas", disse Li Keqiang.
Entre as várias empresas chinesas que têm interesses económicos em Portugal está a EDP, que tem sido alvo frequente do Bloco de Esquerda, que quer ver no próximo Orçamento várias medidas de combate ao que diz serem "rendas garantidas" no setor da energia, nomeadamente nos contratos subsidiados nas energias renováveis.