Região Centro promove turismo inclusivo e património da humanidade
Dois programas visam aumentar acessibilidade das infra-estruturas e aumentar número de dormidas.
No mesmo dia em que o governo deu a conhecer o plano para concessionar e recuperar imóveis históricos, o Turismo do Centro apresentou dois projectos que visam aumentar o número de turistas a visitar a região. Os programas pretendem promover os locais classificados como património da Humanidade no Centro e o turismo inclusivo, ou seja, facilitar a deslocação e estadia de turistas com limitações.
O BRENDAIT (sigla inglesa para Building a Regional Network for the Development of Accessible and Inclusive Tourism) é um projecto piloto em marcha na região Centro. A primeira rede de turismo acessível em Portugal está a ser testada em oito municípios, sendo eles Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche e Torres Vedras. O grupo alvo são as pessoas que têm dificuldade em fazer turismo devido a limitações físicas, como os cidadãos portadores de deficiência, idosos, grávidas, pessoas que sofrem de nanismo ou gigantismo, exemplificou um
O presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado, referiu na apresentação a vontade de replicar esta experiência no resto do país. O BRENDAIT conta já com 59 parceiros, entre entidades públicas, privadas e do sector social e passa por desenvolver acessibilidades, competências de atendimento e parcerias em rede.
O projecto enquadra-se no programa “All for All”, na sequência do qual o governo lançou duas linhas de financiamento num total de 5 milhões de euros para adaptar os espaços públicos e turísticos a cidadãos com deficiência.
Segundo o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, “abrir o turismo para todos” significa também “baixar a sazonalidade”, tornando os espaços acessíveis a novos públicos.
Já o projecto “Património Mundial da Humanidade do Centro”, que deverá ser implementado em duas fases ao longo dos dois próximos anos, visa aumentar o número de dormidas e a estadia média dos turistas na região, através do património classificado de Alcobaça, Batalha, Tomar e Coimbra, a que mais recentemente recebeu a distinção.
Para isso, Pedro Machado destacou a necessidade de "colocar em rede a capacidade de se poder potenciar a promoção e dinamização dos lugares património mundial”.