EUA disponíveis para enviar mais militares para o Iraque
Objectivo é apoiar forças iraquianas na ofensiva "iminente" para reconquistar a cidade de Mossul aos jihadistas.
Os Estados Unidos estão disponíveis para reforçar o número de militares no Iraque, a fim de ajudar as forças locais a lançar a ofensiva para reconquistar Mossul, o último grande bastião dos jihadistas do Estado Islâmico no país.
A informação foi avançada por um responsável norte-americano, que falou às agências internacionais sob reserva de anonimato, depois de o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, ter revelado que pediu aos Estados Unidos um “derradeiro aumento no número de formadores e conselheiros” para apoiar as forças do país na batalha “iminente” para expulsar os jihadistas de Mossul.
O mesmo responsável não revelou quantos militares foram pedidos por Bagdad, nem quando poderão partir para o Iraque, dizendo apenas que a sua missão será “treinar e aconselhar” as forças locais “num momento em que a campanha por Mossul de intensifica”.
Três anos depois de terem concluído a retirada das suas forças, os EUA voltaram a enviar forças para o Iraque em 2014, quando os jihadistas que se vinham agrupando na Síria abocanharam em apenas alguns dias quase um terço do território e conquistaram, sem resistência, a segunda maior cidade do país. Um vexame para o Exército iraquiano que os EUA tinham ajudado a formar – para o colmatar Washington tem já no terreno cerca de 4400 formadores e consultores militares.
Depois de avanços lentos em 2015 e de vários revezes, os militares iraquianos, as forças autónomas do Curdistão e as milícias xiitas congregadas por Bagdad reconquistaram no último ano grandes parte do território perdido, incluindo grande parte da província sunita de Al-Anbar (na fronteira com a Síria). Mas a reconquista por Mossul – cidade que antes de ser ocupada pelos jihadistas albergava dois milhões e meio de pessoas – anuncia-se muito mais difícil e longa.
“Vai ser uma batalha dura, Mossul é uma grande cidade”, admitiu Abadi na semana passada, à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, na mesma altura em que a organização avisava que as operações militares poderão forçar até um milhão de pessoas a deixar as suas casas.