Novos centros de saúde do Porto prontos em 2018
Unidades de Saúde de Ramalde e da Batalha devem estar a funcionar no primeiro semestre de 2018 e a de Campanhã até ao final desse ano. Sobre Azevedo ainda há dúvidas.
Os novos centros de saúde do Porto, recomendados na Carta de Equipamentos de Cuidados de Saúde Primários da cidade, devem estar prontos e a funcionar até ao final de 2018. É mais um ano do que o que fora inicialmente previsto pelo então presidente da Administração Regional de Saúde e actual secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Rocha. Os prazos estão fixados em dois documentos que deverão ser aprovados pelo executivo da Câmara do Porto na próxima terça-feira.
De acordo com um protocolo de colaboração entre o município e a ARSN fica determinado que será esta última a assumir a responsabilidade da construção da nova Unidade de Saúde de Campanhã e que essas obras devem iniciar-se no “terceiro trimestre de 2017, entrando em funcionamento até ao final de 2018”. Segundo Fernando Araújo disse ao executivo liderado por Rui Moreira, na apresentação da Carta à vereação, em Outubro de 2015, este centro de saúde ficará instalado na antiga Escola Básica e Secundária do Cerco e deverá custar 1,5 milhões de euros.
Ligada a ela, mas funcionando com alguns serviços de proximidade, a Unidade de Saúde de Azevedo também será alvo de uma intervenção, já que a Carta a identificou como não tendo condições para continuar a prestar serviços à população, mas os serviços entenderam que, dada a situação específica desta zona isolada da freguesia de Campanhã, ela não deveria simplesmente encerrar. Desde o início que esta intervenção é a que continua a ter contornos menos definidos e, no protocolo que agora vai ao executivo, a situação não se alterou. “Relativamente à Unidade de Saúde de Azevedo os dois outorgantes estabelecerão um plano e calendário de intervenção até ao final do primeiro trimestre de 2017”, lê-se no documento a que o PÚBLICO teve acesso.
Uma indefinição bem diferente da futura Unidade de Saúde da Batalha, que deverá substituir as três unidades de saúde dos Guindais, de D. João IB e de Rodrigues de Freitas. A unidade da Batalha ficará instalada num edifício que fazia parte do Convento de Santa Clara, onde já funcionou um centro de saúde, e que será alvo de obras de reabilitação para o efeito. O protocolo entre a câmara e a ARSN estabelece que, neste caso, a reabilitação “iniciar-se-á de imediato, sob a responsabilidade da segunda outorgante [ARSN], de modo a que possa entrar em funcionamento no primeiro semestre do ano 2018”.
O último equipamento previsto na Carta é a construção da Unidade de Saúde de Ramalde que, como o PÚBLICO revelou, será construída pela Câmara do Porto. Objecto de um documento próprio – um memorando de entendimento entre o município e a ARSN – a unidade de saúde ficará num terreno no Bairro das Campinas e a sua construção “deverá ter início no primeiro semestre de 2017, de modo a que o equipamento possa começar a ser utilizado no primeiro semestre de 2018”, refere o memorando. Em Julho, o vereador da Acção Social, Manuel Pizarro, dissera ao PÚBLICO que a construção desta unidade há muito aguardada representa um investimento na ordem dos 900 mil euros.
A empreitada será assumida pelo município que receberá, em troca, um terreno na Rua Justino Teixeira, 181, que, segundo indicara Manuel Pizarro, possui cerca de dois hectares e “vai permitir uma melhoria de urbanização” naquela zona de Campanhã.
A futura Unidade de Saúde de Ramalde será construída segundo um projecto da ARSN, que a câmara deverá receber até ao final de Novembro. O edifício ocupará uma área de 1340 metros quadrados e, além das áreas comuns e administrativas, terá uma área de cuidados de saúde materno-infantis, uma área de prestação de cuidados de saúde e um espaço de formação.
Concurso do lixo impugnado
Uma das empresas que participou no concurso para a recolha e transporte de resíduos urbanos e de limpeza do espaço público do Porto pediu a impugnação administrativa sobre a decisão de qualificação das propostas apresentadas. Em causa está o facto de o agrupamento classificado em 4.º lugar, o Hidurbe não ter apresentado todos os documentos dentro do prazo e, segundo o agrupamento que pede a impugnação, o Recolte (1.º classificado), ter mentido quanto às razões do atraso.
No pedido de impugnação o agrupamento Recolte argumenta que o Hidurbe não apresentou, dentro do prazo previsto, a informação financeira referente ao ano de 2015, tendo mentido ao júri quando justificou essa falha com o facto de as contas daquele ano não estarem ainda aprovadas. O 1.º classificado no concurso afirma que o prazo limite para a apresentação de candidaturas era o dia 14 de Junho e que o Hidurbe, ao contrário do que disse ao júri, tinha as contas de 2015 aprovadas desde 11 de Abril. Os outros concorrentes foram notificados do pedido de impugnação, aguardando-se uma decisão sobre esta matéria.