Osirix-Rex já vai a caminho do asteróide Bennu
Sonda foi lançada nesta madrugada a partir da Florida. Objectivo é amostra de asteróide chegar à Terra em 2023 para se estudar as origens da vida no sistema solar.
Um foguetão foi lançado na madrugada desta sexta-feira levando para o espaço uma sonda da NASA. O objectivo da missão é recolher amostras de um asteróide para se conhecer mais sobre as origens da vida. O Atlas 5 foi lançado às 00h05 (hora de Lisboa) da base espacial de Cabo Canaveral, na Florida, Estados Unidos. Dentro do topo do foguetão estava a Osiris-Rex, que inicia uma viagem de sete anos até ao asteróide Bennu. A missão custará 1000 milhões de dólares (890 milhões de euros).
A sonda, alimentada a luz solar, pesa 1500 quilos. Espera-se que leve dois anos até atingir o seu alvo – uma massa rochosa com cerca de 500 metros, semelhante a uma bolota gigante, que tem uma órbita parecida com a que a Terra faz à volta do Sol.
Os cientistas acreditam que Bennu está coberto com compostos orgânicos provenientes dos primeiros tempos do sistema solar. “É possível pensar nestes asteróides como fábricas de compostos químicos pré-bióticos que produziram os tijolos da vida há 4500 milhões de anos, antes de a Terra estar formada e antes de a vida iniciar-se aqui”, diz Daniel Glavin, astrobiólogo da NASA, antes do lançamento.
Após a sonda entrar em órbita de Bennu, em 2018, a Osiris-Rex irá passar os dois anos seguintes a fazer o mapa da superfície do asteróide e a fazer um inventário da sua composição química e mineral.
Com essa informação, os cientistas irão escolher o melhor lugar para recolher amostras. A sonda irá fazer um voo pertíssimo da superfície do asteróide e esticar o seu braço robótico de 3,4 metros para tocar na superfície de Bennu. A amostra terá de ter pelo menos 60 gramas de material. Depois, a Osiris-Rex voltará para a Terra, ejectando a cápsula com a amostra que descerá com a ajuda de um pára-quedas. Prevê-se que a cápsula caia no deserto de Utah em Setembro de 2023.