Comissão de Trabalhadores exige conhecer plano de recapitalização da CGD

TRabalhadores consideram positiva luz verde de Bruxelas à recapitalização

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Plano de recapitalização foi aprovado ontem Paulo Pimenta

A Comissão de Trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) considera positiva a aprovação da recapitalização do banco público, mas exige conhecer em detalhe o plano de implementação, que "não se fará sem o envolvimento" dos funcionários.

"Haver luz verde [ao plano de recapitalização] agrada, porque é necessário e fundamental para a sustentabilidade da CGD, mas existem diferentes formas de implementação e queremos conhecer qual será a adoptada", afirmou à Lusa o coordenador da Comissão de Trabalhadores, Jorge Canadelo.

O representante dos trabalhadores lamentou que "nem o Governo nem qualquer outra entidade tenham ainda esclarecido sobre o plano de implementação", realçando que "a Comissão de Trabalhadores solicitou essa informação há mais de dois meses aos gabinetes do primeiro-ministro e do ministro das Finanças".

"Temos que transmitir a perspectiva dos trabalhadores, porque nunca se fará recapitalização na CGD sem o envolvimento dos trabalhadores", declarou.

O Ministério das Finanças indicou nesta quarta-feira que o acordo que estabeleceu com a Comissão Europeia para recapitalização da CGD "assenta num plano de negócio que garante a competitividade" do banco.

"Esse plano considera uma reorganização do banco, com o objectivo de recuperar a rentabilidade de longo-prazo através de um aumento de eficiência, da redução do custo do risco de crédito e do corte de custos", referiu o Ministério das Finanças.

Em comunicado, o ministério liderado por Mário Centeno indicou que a estratégia de recapitalização deve ser feita em condições de mercado, "compatíveis com a ausência de ajuda de Estado".

Tal como o PÚBLICO avançou, as Finanças confirmam que “o Estado Português fica autorizado a realizar um aumento de capital até 2700 milhões de euros” e ainda a “transferir as acções da ParCaixa para a CGD no valor de 500 milhões de euros e a converter 960 milhões de euros de instrumentos de capital contingentes (CoCo's) subscritos pelo Estado em acções”.

O ministro agendou uma conferência de imprensa para a tarde desta quarta-feira, onde dará masi pormenores sobre o plano de recapitalização do banco público.