Mais de 4500 queixas nos transportes este ano
Sector que agrega o maior número de reclamações é o rodoviário.
No primeiro semestre, a AMT recebeu um total de 4557 reclamações relativamente aos serviços prestados pelos operadores de transportes. O sector que agrega o maior número de queixas é o rodoviário, com um total de 2364 (o que corresponde a 52%). Na lista segue-se a ferrovia, com 1897. O terceiro lugar, bem mais distante, pertence ao modo fluvial (293) e, por fim, surge a actividade portuária, com apenas três casos.
Os dados cedidos pelo regulador ao PÚBLICO mostram que, no sector rodoviário, o transporte de passageiros é o que gera mais reclamações, tendo atingido 1551 entre Janeiro e Junho deste ano. Os serviços de rent-a-car foram alvo de 532 queixas e as empresas de inspecção de veículos registaram 119, quase a par das escolas de condução (97). Embora sem quantificar, a AMT especificou que, na rodovia, os principais motivos que levam os utilizadores a reclamar estão relacionados com o incumprimento de horários, o cancelamento do serviço sem aviso prévio, a falta de urbanidade dos funcionários e problemas na aquisição de títulos, entre outros.
No que diz respeito ao transporte ferroviário, o metropolitano concentra o maior número de reclamações (1036), sendo as restantes 861 da responsabilidade dos comboios. Neste caso, o supervisor indicou que entre as maiores queixas estão, por exemplo, o incumprimento de horários, infra-estruturas (rampas, escadas rolantes e elevadores) fora de serviço, o pagamento de coimas por falta de validação de títulos e a não emissão de factura com número de contribuinte.
Já no sector fluvial, todas as 293 reclamações recebidas pela AMT estão relacionadas com o transporte de passageiros, mais concretamente com problemas na aquisição de títulos, incumprimento de horários, não emissão de factura com o número de contribuinte e cancelamento do serviço sem aviso prévio. Para a actividade portuária, não existem dados mais concretos sobre as três queixas dirigidas ao regulador. Também não há informação comparável, uma vez que só este ano é que a AMT começou a recolher as reclamações. No passado, essa tarefa era da responsabilidade do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.