Quinta biológica em Lisboa é receita para combater a exclusão social

Entre os seis hectares há espaço para "horticultura terapêutica" e até um posto de venda a preços de produtor.

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Espaço reabre esta quinta-feira, pelas 10h Ricardo Silva

Com o sistema de rega reparado e sem equipamentos degradados, a Quinta das Carmelitas, junto ao Jardim da Luz, em Carnide, reabriu esta quinta-feira. Aqui, os lisboetas vão encontrar um novo espaço verde onde podem passear e andar de bicicleta, mas também plantar os seus próprios produtos hortícolas. Depois de em 2014 se ter iniciado um período de várias intervenções ao longo dos seis hectares de espaço, a quinta conta agora servir projectos de agricultura urbana e dedica especial atenção à intenção de se servir enquanto espaço de apoio a cidadãos com incapacidades ou em risco de exclusão social, apostando na agricultura biológica.

Segundo a autarquia, estão planeadas "actividades ligadas à agricultura urbana direccionadas para o desenvolvimento de capacidades técnicas, a interacção com populações locais e a sensibilização ambiental”.

O projecto assenta assim na aposta numa “agricultura social”, onde as famílias em risco extremo de pobreza podem produzir os seus próprios alimentos. Além disso, a Câmara de Lisboa a Cerci de Lisboa, a Cerci de Cascais e o Instituto da Segurança Social, parceiros nesta iniciativa, apostam ainda em actividades de “horticultura terapêutica”. 

De acordo com a câmara de Lisboa, o resultado é "um espaço verde diferente e versátil" e "que permitirá a médio prazo a criação de postos de trabalho na área da agricultura e formação para cidadãos com incapacidades ou em risco de exclusão social".

Para além da área dedicada ao lazer e à produção hortícola, a autarquia anunciou a criação de um posto de venda com o resultado de produção a preços de produtor.

A abertura da Quinta das Carmelitas acontece um ano depois da data prevista pelo vereador responsável pela protoloco da sua recuperação, José Sá Fernandes. 

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