O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, desloca-se na próxima segunda-feira a Lisboa, para reuniões com o primeiro-ministro, António Costa, e com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou essta sexta-feira a instituição europeia.

De acordo com a agenda divulgada pelos serviços do Conselho, Tusk começará por reunir-se com António Costa às 11h30, seguindo-se uma conferência de imprensa às 12h45 e um almoço de trabalho entre ambos às 13h15. Também o gabinete do primeiro-ministro divulgou o encontro, mas fazendo apenas referência à reunião de trabalho, seguida de "breves declarações à imprensa no final do encontro".

Às 15h00, o político polaco que preside ao Conselho Europeu desde Dezembro de 2014 encontrar-se-á com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, regressando de seguida a Bruxelas.

Estes encontros acontecem a cerca de um mês da decisão de Bruxelas sobre a aplicação ou não de sanções a Portugal e Espanha por não cumprimento do défice orçamental de 2015. A proposta de sanções cabe à Comissão Europeia, que reune o seu colégio de comissários para o efeito no início de Julho, mas a decisão final cabe ao Conselho Europeu. 

Por seu lado, o Governo, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e do ministro das Finanças, Mário Centeno, desdobra-se em encontros que se assemelham a uma ofensiva diplomática junto da Comissão Europeia (CE).

Na quinta-feira, Santos Silva e o ministro das Finanças, Mário Centeno, reúnem-se com o primeiro vice-presidente Frans Timmermans - que tem a pasta da regulação, relações internacionais, primado da lei e carta dos direitos fundamentais na comissão - e com Cecília Malmström, comissária com o pelouro do Comércio.

Na sexta-feira, dia 24, Santos Silva, já sem Centeno, é recebido por Jyrki Katainen, vice-presidente da CE e comissário com o pelouro do Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade.

Esta semana, horas antes do Eurogrupo que se realizou na quinta-feira, Centeno esteve já reunido com o comissário europeu dos assuntos económicos, Moscovici. com Lusa