Nelson Évora longe dos objectivos no triplo salto em Oslo

Dafne Schippers brilhou nos 200m e Thomas Röhler impôs-se no dardo.

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Dylan Martinez/Reuters

Nelson Évora não conseguiu voltar a saltar mais de 17 metros no triplo salto, ao início da noite em Oslo, no decorrer do sétimo - e penúltimo em Junho - meeting da Liga de Diamante de atletismo para 2016, ficando distante do objectivo parcial a que se propusera, o de ir recuperando confiança praticamente a dois meses dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ficou mesmo muito longe desses pretendidos 17 metros, que este ano, no entanto, só por oito atletas foram superados ao ar livre, acabando em sétimo lugar com 16,38m.

Évora começou em tons discretos, aliás, com 15,98m apenas no primeiro ensaio, subindo depois para 16,38m. E este ficaria como o seu melhor salto. Com vento sempre bastante caído, o que foi regra em todo o concurso, fez um nulo à terceira tentativa e já não conseguiu apurar-se para a execução dos três ensaios finais da competição. As condições de tempo não eram as ideais, com ameaça de chuva, e isso ajuda a explicar os resultados algo medíocres obtidos por quase todos, com a vitória a ir para o cubano Alexis Copello abaixo de 17m (16,91m), seguido do campeão mundial de 2013, o francês Teddy Tamgho (16,80m), e do alemão de 19 anos Max Hess (16,69m).

A mais esperada figura da reunião era a velocista holandesa Dafne Schippers, coqueluche do atletismo europeu depois da sua vitória nos 200m dos Mundiais do ano passado. Schippers enfrentava a jamaicana Elaine Thompson, sua "vice" nos Mundiais e que em Eugene, no quarto meeting da Liga desta época, a vencera com clareza. Só que, desta vez, a holandesa deu um verdadeiro recital, partiu bem, fez uma curva invulgar para uma atleta tão alta, e acabou com 6 metros de vantagem sobre Thompson (22,64s) no incrível tempo, dadas as pobres condições climatéricas, de 21,93s, uma nova melhor marca para 2016.

Outro destaque do meeting na velocidade, este pela negativa, ocorreu nos 100m masculinos. Kim Collins, de St. Kitts e Nevis, o campeão mundial de 2003, seguia na frente e parecia um vencedor quase certo quando foi travado por uma possível rotura muscular aos 70m, escapando a vitória para o canadiano Andre De Grasse, com 10,07s. Isto não seria notícia só por si se, em Abril passado, Collins não tivesse cumprido 40 anos, tendo depois disso já corrido em 9,93s, um novo recorde pessoal e nacional.

Também surpreendeu que outra das provas mais aguardadas tivesse sido tão boa em condições de tempo desagradáveis. Mas foi assim no dardo masculino, onde Thomas Röhler, da Alemanha, responderia ao lançamento de abertura do seu compatriota Johannes Vetter (87,11m, máximo pessoal) com um belo disparo a 89,30m no segundo ensaio, também recorde pessoal e melhor marca da temporada. Em terceiro lugar ficou Keshorn Walcott, o campeão olímpico de Trindade e Tobago que no passado fim-de-semana quase atingiu 84m no meeting da Maia, com 86,35m.

No final da reunião, e com a exibição de Dafne Shippers como “intermezzo”, os quenianos Asbel Kiprop nos homens, com um autêntico passeio em 3m51,48s, e Faith Kipyegon nas mulheres, apertada até final pela escocesa Laura Muir (4m18,60s e 4m19,12s) estabeleceram também tempos de liderança anuais para a distância da milha.

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