Obama "ansioso" por entrar na campanha contra Donald Trump

Presidente dos EUA admite anunciar apoio à provável nomeada no Partido Democrata, Hillary Clinton.

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Barack Obama defende que a campanha deve ser feita "como se estivesse sempre com medo" Scott Olson/AFP

Barack Obama tem apenas meio ano de Casa Branca pela frente, mas está "ansioso" por voltar a entrar em campanha, ao lado do candidato que for nomeado pelo Partido Democrata e contra uma das personalidades que mais o tem atacado pessoalmente na última década: Donald Trump.

Os contactos informais com as campanhas de Hillary Clinton e Bernie Sanders já começaram há meses, mas agora que a corrida está na fase final, e que Clinton surge como favorita, Obama admite apoiá-la publicamente ainda esta semana.

Os resultados das votações em seis estados esta terça-feira são essenciais para perceber o que vai acontecer na convenção do Partido Democrata, em Julho – se, como indicam as sondagens, Hillary Clinton garantir mais do que os 2383 delegados necessários para a nomeação (somando delegados e "superdelegados"), a candidata-se torna-se a nomeada virtual do partido e poderá concentrar-se mais nas eleições gerais.

Mais do que demonstrar vontade de se envolver na campanha contra Donald Trump, Barack Obama está impaciente e defende que o Partido Democrata deve lutar "como se estivesse sempre com medo", para não ser surpreendido pelo fenómeno Trump, segundo o New York Times.

Para além do desafio pessoal de enfrentar o homem que questionou durante anos o seu país de origem e que deixou que muitos dos seus apoiantes dissessem que ele é muçulmano, Barack Obama é o primeiro Presidente em muitos anos que goza de uma popularidade positiva na fase final do seu mandato – com cerca de 50% de opiniões positivas entre o eleitorado, Obama pode ser uma mais-valia e não um fardo, como aconteceu com a presença de George W. Bush na campanha de John McCain em 2008 (na altura, George W. Bush tinha cerca de 20% de popularidade).

"Não há ninguém mais indicado do que ele para mostrar aos eleitores as duas opções que vão ter nas eleições, e ele é particularmente forte na defesa dos argumentos sobre a economia", disse Jennifer Palmieri, directora de comunicação da campanha de Clinton.

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