Nenhum dos ex-Presidentes republicanos irá apoiar Donald Trump na sua corrida à Casa Branca. Quer George Bush, quer o seu filho George W. Bush, afirmaram ao Guardian que não pretendem envolver-se nas eleições de 2016.

O porta-voz de George W. Bush, Freddy Ford, fez saber que o antecessor de Barak Obama “não pretende participar ou comentar a campanha presidencial”. O mesmo adiantou Jim McGrath, o porta-voz do seu pai: “Com 91 anos, o Presidente Bush está agora retirado da política. Naturalmente, fez uma ou outra coisa para ajudar [o seu filho] Jeb, mas estas foram ‘as excepções à regra’”. Jeb Bush, antigo governador da Florida, foi candidato às primárias e enquanto tal duramente atacado por Trump, que afirmou que ele era “um embaraço para a família”. Também o irmão George W. Bush foi alvo de acusações de ter mentido sobre a presença de armas de destruição maciça no Iraque como pretexto para a guerra, em 2003.

Donald Trump tornou-se o “presumível candidato” do Partido Republicano depois de uma vitória no Indiana, com 53,3% dos votos, que levou os seus rivais, Ted Cruz primeiro e John Kasich depois, a retirarem-se da corrida.

Com 1007 delegados conquistados até agora, e já sozinho na corrida, Donald Trump só tem de esperar por 7 de Junho – dia em que a Califórnia vai distribuir os seus 172 delegados – para somar os 1237 necessários e confirmar uma nomeação sem contestação possível.

Mas muitas figuras do partido não aceitam ainda que o magnata nova-iorquino, um demagogo dos reality shows, como lhe chama o Guardian, seja agora o seu candidato às presidenciais de Novembro. Alguns recusam-se publicamente a votar nele, outros afirmam que apesar de votarem em Trump, não farão campanha ao seu lado.