O dia era de festa – o PS cumpria o seu 43.º aniversário – mas António Costa não se deixou distrair com cumprimentos e cocktails. O líder dos socialistas foi à sede do Largo do Rato prestar uma curta declaração e convidar os presentes para cantarem os parabéns ao PS e comerem uma fatia de bolo nos jardins da casa do partido.

Costa começou por enviar uma palavra de gratidão aos socialistas que desempenharam o cargo de secretários-gerais, citando-os um a um, sem esquecer José Sócrates ou António José Seguro. E enviar é a palavra certa, já que, de todos os anteriores líderes, só Eduardo Ferro Rodrigues marcou presença na cerimónia.

Os jornalistas presentes bem quiseram saber o que o primeiro-ministro iria responder à Santoro, de Isabel dos Santos – que criticou fortemente a gestão do BPI, o accionista espanhol e o governo português, atacando concretamente António Costa por ter tomado uma medida "sem precendentes" e "parcial", em benefício do Caixa Bank –, mas o silêncio foi a única resposta. Pelo menos antes de cantados os parabéns ao PS.

António Costa aproveitou, sim, a ocasião para falar do Programa Nacional de Reformas. "Muitos desvalorizaram que não tinha medidas. Pois vão ter uma grande surpresa", disse o primeiro-ministro.