Sporting não foi bonito mas foi eficaz
Triunfo sobre o Moreirense vale liderança provisória aos "leões".
Não foi uma superioridade absolutamente avassaladora e não foi uma vitória propriamente bonita, mas foi o que o Sporting precisava. Os “leões” voltaram à liderança da Liga portuguesa graças a um triunfo no terreno do Moreirense por 1-0, em jogo da 30.ª jornada. Um golo de Slimani chegou para o Sporting passar a somar 74 pontos, mais um que o Benfica, que recebe amanhã o V. Setúbal. Já o Moreirense, ainda não foi desta que alcançou a tranquilidade classificativa, estando, para já, seis pontos acima da linha de água.
Jesus não promoveu grandes surpresas no “onze” para Moreira de Cónegos. Apenas uma mudança pontual no lado esquerdo da defesa, com a entrada de Zeegelaar para o lugar de Bruno César, para além do regresso de Adrien à titularidade. O mesmo não se pode dizer do Moreirense, já que Miguel Leal estava impedido de usar dois dos seus jogadores mais influentes, Iuri Medeiros e João Palhinha, emprestados pelo Sporting.
O início do jogo foi o que os estatutos e objectivos da equipa exigiam. O Sporting com o domínio territorial, mais posse de bola e mais propensão ofensiva, o Moreirense mais cauteloso, mais fechado, mas sem perder a baliza contrária de vista. Não tinha acontecido ainda muita coisa no jogo quando o marcador funcionou pela primeira (e única) vez aos 16’.
Uma boa jogada do Sporting ao primeiro toque que passa por William Carvalho, Teo Gutiérrez e Schelotto acaba com Slimani, à entrada da pequena área, a marcar o seu 24.º golo no campeonato. A jogada foi rápida e vistosa, mas o auxiliar do árbitro Bruno Paixão terá avaliado mal a posição do avançado argelino dos “leões”, que parece estar ligeiramente adiantado no momento do cruzamento do lateral italiano. A bandeirola ficou em baixo e o Sporting passava para a frente do marcador.
Um golo numa fase tão prematura poderia ter o condão de abrir mais o jogo, mas isso não aconteceu. O domínio “leonino” continuava, mas as aproximações perigosas à baliza de Stefanovic eram raras, enquanto a equipa da casa contava com a abnegação e o espírito de luta de Rafael Martins, o seu homem mais adiantado. Só de bola parada o Moreirense criava algum perigo. Fábio Espinho, aos 26’, e Nildo, aos 36’, obrigaram Rui Patrício a aplicar-se.
O Sporting não fugia da sua identidade. Sempre que ganhava a bola no meio-campo, partia rapidamente em contra-ataque e foi desta forma que esteve perto do golo aos 42’, mas João Mário atirou ao lado. A fechar a primeira parte, os “leões” voltaram a festejar, com Teo Gutiérrez a introduzir a bola na baliza, mas, desta vez, o golo não foi validado por aparente fora-de-jogo do colombiano, num lance, tal como o do golo de Slimani, de difícil avaliação.
A segunda parte foi menos interessante que a primeira. Menos oportunidades de golo, mais luta e pouca clarividência ofensiva de ambas as partes. Ainda assim, o Sporting esteve mais perto do 2-0 do que o Moreirense do 1-1. Numa altura em que Jorge Jesus já tinha sido expulso do banco, por reclamar com Bruno Paixão, Gelson Martins quase marcou num remate de fora da área, aos 78’, que saiu ligeiramente ao lado.
O segundo golo nunca apareceu,e o Sporting saiu de Moreira de Cónegos como líder (mais uma vez) provisório. Palavra ao Benfica.