Europol diz serem excepção casos de corrupção em chefias das polícias
O director do organismo de polícia europeia comentou a detenção de dois elementos da PJ por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O director da Europol disse esta terça-feira, em Bruxelas, ser pouco habitual encontrar corrupção a nível das chefias das polícias, numa referência à detenção de dois investigadores da Polícia Judiciária por corrupção e branqueamento de capitais.
Na conferência de imprensa sobre o relatório anual de mercado de droga na União Europeia, Rob Wainwright foi questionado sobre a detenção de 15 homens, incluindo dois elementos da PJ, por suspeitas de corrupção activa e passiva, tráfico de droga agravado, associação criminosa e branqueamento de capitais.
"Não vemos corrupção a níveis muito altos, por isso será uma situação excepcional, mas não temos conhecimento [dessa investigação] ", comentou o responsável, que espera a partilha em breve de informação por parte de Portugal sobre este caso.
Rob Wainwright acrescentou que a "corrupção continua a ser um factor que facilita a actividade dos grupos criminosos em muitas áreas, como o mercado de drogas ilícitas".
Os 15 detidos têm idades entre 39 e 60 anos e na lista está um coordenador reformado da PJ e um inspector-chefe da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE).
Em comunicado, a PJ explicou que foram efectuadas 120 buscas, domiciliárias e não domiciliárias, com a participação de quase duas centenas e meia de polícias.
A investigação, que continua para recolha de mais prova, está a ser dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal, em colaboração com a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e com a UNCTE da PJ.