Grandes fundações pedem distribuição de um número maior de refugiados pela UE
Sete fundações e think tanks europeus, entre elas a Gulbenkian, denunciam a falta de resposta da União Europeia relativamente à crise e apresentam medidas urgentes.
Uma parceria de sete fundações e think tanks europeus, onde se inclui a Fundação Calouste Gulbenkian, enviou uma carta aberta à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos governos dos respectivos países, onde apelam a uma "abordagem europeia comum" para a actual crise de refugiados. A parceria intitula-se Vision Europe e engloba organizações de Portugal, Alemanha, Bélgica, Finlândia, Itália, França e Reino Unido.
Denunciando a falta de consenso entre os Estados membros, os signatários da Vision Europe apresentam na carta aberta as cinco dimensões de actuação que consideram fundamentais para lidar com a crise de refugiados. Alertam para a importância de controlar as fronteiras externas da UE, para a necessidade de recolocação nos países europeus dos 160 mil refugiados oriundos da Grécia e da Itália e de um sistema que “permita distribuir um número muito maior de refugiados por toda a União”, nomeadamente a partir dos hotspots na Turquia, Jordânia ou Líbano, e de um aceleramento dos processos de resposta aos pedidos de asilo.
Para além disso, recomendam que que os esforços ao nível da UE sejam alargados para “melhorar as condições de vida dos refugiados”, e que os Estados membros trabalhem “vigorosamente para acabar com os conflitos violentos”, nomeadamente a guerra na Síria.
A nível nacional, reiteram que a distribuição dos refugiados deverá ser “justa” e contar com “recursos adequados”, nomeadamente ao nível da educação e do ensino da língua.
O número de refugiados que chega à Europa não tem parado de aumentar, nomeadamente na ilha grega de Lesbos. Os países europeus não têm conseguido encontrar soluções comuns e são cada vez mais os países que têm fechado as suas fronteiras.