Imobiliária espanhola compra Monumental e uma das Torres de Lisboa

Empresa investiu mais 103 milhões de euros, depois de ter adquirido outro edifício no Parque das Nações.

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Imobiliária espanhola pretende renovar fachada do Monumental.

A sociedade de investimento imobiliário espanhola Merlin Properties comprou o Edifício Monumental e a Torre A do complexo Torres de Lisboa, que a Galp usa actualmente como sede, por 103 milhões de euros, confirmou a empresa à agência Lusa.

A Merlin Properties é uma das principais companhias imobiliárias cotadas na bolsa espanhola, tendo como principal actividade a aquisição e gestão de activos imobiliários na Península Ibérica. Com esta compra — no total de 103 milhões de euros —, a Merlin reforça o seu investimento em Portugal, já que em Junho de 2015 tinha anunciado a compra de um edifício de escritórios no Parque das Nações, em Lisboa, por 18 milhões de euros. Trata-se da sede da tecnológica portuguesa Novabase.

A empresa indica que pretende remodelar — incluindo a fachada — o Edifício Monumental, localizado na Praça do Duque de Saldanha, em Lisboa. Este edifício, acrescenta a Merlin, conta com uma superfície arrendável de 22.387 metros quadrados, entre escritórios (16.892 metros quadrados) e zona comercial (5495 metros quadrados). Actualmente, 89% da área de escritórios do Monumental está arrendada, enquanto a zona comercial está ocupada a 98%, diz a empresa.

"De acordo com o plano de negócio da Merlin, está previsto realizar uma reforma integral do imóvel, incluindo a renovação da fachada e dos equipamentos do edifício, com o objectivo de o posicionar como um referente da zona prime de Lisboa", indicou a empresa numa nota enviada à agência Lusa.

Quanto à Torre A das Torres de Lisboa, na Segunda Circular, está arrendada integralmente à petrolífera portuguesa Galp, que a usa como sede emprearial. Trata-se de 13.715 metros quadrados de área, divididos por 16 andares. O contrato de arredamento da Galp na Torre A é de "longo prazo", sublinhou a Merlin.

A operação foi feita com recurso a fundos próprios, indicou a Merlin, acrescentando que o preço de aquisição lhe dará uma rentabilidade inicial bruta de 7,4% e uma rentabilidade líquida inicial de 6,5%. A média de ocupação da superfície arrendável da Merlin em Lisboa é 95,3%.