Ao terceiro dia de cerimónias protocolares, a 11 de Março, o novo Presidente da República inova. Parte para o Porto e termina a tomada de posse no Largo dos Afectos, uma toponímia escolhida a preceito, de acordo com um dos quatro objectivos de Marcelo para o seu mandato: “Estas quatro ideias — afectos, simplicidade, proximidade e estabilidade — foram da campanha e são ideias que desejo que venham a presidir à minha presidência. Veremos se isso se concretiza”, disse, no lançamento do livro do fotojornalista Rui Ochôa, na passada quinta-feira.

O largo fica no Bairro do Cerco, onde Marcelo ouvirá a batida do projecto OUPA (“Hip hop por jovens residentes no bairro”) e visitará o centro de dia daquele bairro de habitação social com 34 blocos de apartamentos na freguesia de Campanhã. E já vão mais duas ideias simbólicas (“simplicidade” e “proximidade”).

Marcelo desloca-se “a pé”, neste último ponto da sua cerimónia de posse. Mas antes cumpre alguns rituais: à chegada, manda o protocolo, “é recebido, junto ao automóvel, pelo presidente da Câmara Municipal do Porto”. Nos Paços do Concelho, ao lado de Rui Moreira, Marcelo passa revista à guarda de honra e no salão nobre ouve outras músicas, pela Orquestra Juvenil da Bonjóia. O almoço é na Casa do Roseiral. Depois há outra inovação: “Passeio a pé até à Galeria Municipal Almeida Garrett”, onde o Presidente eleito “visita a exposição P. -uma homenagem a Paulo Cunha e Silva, por extenso”.

Em Lisboa, o programa é mais próximo do habitual, nestas cerimónias. Ainda assim, Marcelo quis incluir alguns momentos simbólicos, como a “cerimónia ecuménica” na Mesquita de Lisboa, logo na terça-feira, 9, à tarde. Ou o concerto na Praça do Município, à noite, com José Cid, Paulo de Carvalho, Mariza, Anselmo Ralph, HMB, Pedro Abrunhosa e Diogo Piçarra.