A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Portimão decidiu esta sexta-feira retirar o bebé à família de Rodrigo Lapa, o rapaz que terá sido morto pelo padrasto. Entretanto, o pai reclamou o corpo.  

A mãe saiu de manhã com o bebé de casa de uma amiga, onde se recolheu nos últimos dias. Seguiu sob escolta da GNR até às instalações da CPCJ. Reavaliada a situação da família e obtido o acordo da mãe, foi aplicada uma medida cautelar de acolhimento, o que quer dizer que a criança foi retirada à família e encaminhada para uma instituição.

Num comunicado, a CPCJ confirmou "que corria termos, desde Janeiro do presente ano, um processo de promoção e protecção com vista à continuidade do acompanhamento iniciado na CPCJ de Lagoa" a Rodrigo. Ao mesmo tempo, "foi instaurado um processo de promoção e protecção relativamente à irmã".

Apesar da insistência, a secretária daquela estrutura não esclareceu por que foi aberto o processo de promoção e protecção, isto é, que risco se sabia correr Rodrigo e a irmã. Tão-pouco que perigo está agora por trás da decisão de a retirar à mãe e de a colocar à guarda de uma instituição da zona de Portimão.

O  corpo do rapaz encontrado morto na quarta-feira, num terreno baldio, perto de casa, foi esta sexta-feira reclamado pelo pai. Segundo o assessor de imprensa do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLF), Mário Martins, a autópsia estava concluída. O corpo iria ser levantado às 15h00 para que se procedesse ao funeral.

Tudo indica que o rapaz de 15 anos foi vítima de homicídio. As suspeitas recaem sobre o padrasto, com quem teve uma discussão. Antes de fazer o relatório final, os médicos legistas requereram exames complementares: toxicológicos, histológicos e genéticos, que podem demorar entre seis a oito semanas.