É o segundo álbum em menos de um ano e ficou disponível na Apple Music, no iTunes, no Spotify e no Tidal esta sexta-feira. O rapper norte-americano, que chamou a untitled unmastered um "projecto" em vez de um álbum, gravou este conteúdo entre 2013 e 2014, quando estava a preparar To Pimp A Butterfly, o seu último álbum.

To Pimp A Butterfly foi considerado, no final do ano passado, o melhor álbum de 2015 pela generalidade das publicações mais influentes do mundo.

Foi o Spotify o primeiro a libertar untitled unmastered já na quinta-feira, com uma lista ambígua de oito canções simplesmente identificadas com “untitled”, ao lado de várias datas, e nada mais. Com uma excepção, a sétima faixa, que apresentava uma data já mais avançada: 2014-2016. Mas o lançamento oficial do projecto foi feito esta sexta-feira pela loja iTunes, mostrando 34 minutos de música, especulando-se em alguns sites se o adiantamento do Spotify tinha sido ou não deliberado.

Segundo o jornal britânico Guardian, este lançamento foi alimentado por material que não chegou à última versão de To Pimp a Butterfly e que foi mencionado pelo músico norte-americano numa entrevista recente na altura dos Grammys, onde venceu em cinco categorias, as referentes à música rap. Na cerimónia dos prémios da indústria musical norte-americana, há 15 dias, Lamar cantou novo material que aludia à morte do jovem negro Trayvon Martin alvejado por um segurança, numa actuação que galvanizou a assistência com contornos muito politizados.

“Tenho uma câmara de material do álbum pelo qual estava apaixonado, mas a aprovação deste material ou simplesmente a data de saída do álbum impediu que aparecesse”, disse nessa entrevista. “São perto de dez canções pelas quais estou apaixonado e que eu ainda toco.” O músico norte-americano acrescentou que as tem apresentado em programas televisivos, como The Colbert Report e The Tonight Show Starring Jimmy Fallon.