Lucro da dona do Pingo Doce cresce 11% para 333 milhões

Vendas na Polónia, que é o principal mercado, subiram 9%.

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Empresa antecipa subida fraca dos preços dos produtos alimentares Pedro Elias/arquivo

Tanto dentro como fora de portas, as marcas da Jerónimo Martins viram o negócio crescer em 2015. A empresa proprietária do Pingo Doce, Recheio e da cadeia de supermercados polaca Biedronka, entre outros, teve um crescimento de 8,3% nas vendas ao longo do ano passado, que totalizaram 13,7 mil milhões de euros. O resultado líquido subiu 10,5%, para 333 milhões de euros.

A Biendronka, que foi responsável por um pouco mais de dois terços da facturação, teve um crescimento de vendas de 9,2%. Os supermercados Pingo Doce, que representam um quarto do total, registaram uma subida de 5,4%, ao passo que as lojas Recheio, que se destinam ao mercado da restauração e hotelaria e têm um peso de 6% no negócio, cresceram 4,1%.

A multinacional reforçou também a presença na Colômbia, com a abertura de 56 novas lojas Ara. Já na Polónia, abriu 15 novas lojas Hebe, que comercializam produtos de saúde e cosmética.

Face aos resultados, o conselho de administração da empresa pretende dar aos accionistas um dividendo de 26,5 cêntimos por acção, num total em torno dos 166,5 milhões de euros. “2015 foi um bom ano para todas as nossas insígnias, que lutaram por aumentos de vendas e de quotas de mercado, em linha com as principais prioridades definidas para o ano”, escreveu o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, na mensagem que acompanha a apresentação de resultados, feita nesta quarta-feira.  “Este facto, combinado com um forte último trimestre, motiva o conselho de administração a propor novamente um retorno do excesso de liquidez aos accionistas, através do pagamento de um dividendo adicional”.

O desempenho positivo segue-se a um ano em que a Jerónimo Martins tinha visto os lucros afundarem: em 2014, o resultado líquido tinha caído 20%, fruto de pressão sobre os preços dos produtos alimentares e do aumento da concorrência no crucial mercado polaco. Foi com base nestes pressupostos que o grupo diz ter delineado uma estratégia para o ano passado assente num aumento de quota de mercado: “As companhias do grupo, na Polónia e em Portugal, iniciaram 2015 antecipando a continuação de uma reduzida inflação alimentar e de uma forte dinâmica promocional no sector de retalho alimentar. Consciente destes desafios de mercado, o grupo assumiu como principais prioridades para o ano aumentar vendas e quotas de mercado”.

A Jerónimo Martins antecipa que este ano os preços do sector alimentar deverão subir pouco e que os retalhistas terão uma “forte actividade promocional”, tanto no mercado português, como no polaco. “A inflação alimentar nestes países deverá manter-se a níveis muito baixos, apesar de algumas estimativas apontarem para melhorias face aos valores de 2015”, refere o comunicado.

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