Yoko Ono reafirma que não foi responsável pelo fim dos Beatles
A viúva de John Lennon volta a negar tensões com Paul McCartney: "É um tipo muito simpático".
A artista, compositora, cantora e viúva de John Lennon, a japonesa Yoko Ono, voltou a responder a uma pergunta que é frequente fazerem-lhe, mas à qual nem sempre responde: terá sido ela a responsável pela separação dos Beatles?
E a resposta foi: "Não, não tive nada a ver com a separação dos Beatles." A afirmação surgiu na publicação americana US Weekly, que faz uma resenha da sua carreira a pretexto dos 83 anos que completou a 18 de Fevereiro. E mais disse Yoko Ono, desmitificando também as relações tensas que alegadamente terá tido ao longo dos anos com Paul McCartney: “É um tipo muito simpático."
As razões que terão levado à separação do grupo dividem desde sempre biógrafos, historiadores e admiradores, com muitos destes a afirmarem que a presença constante de Yoko Ono nos estúdios de gravação terá causado tensões insanáveis entre os membros dos Beatles, à luz das teses de que John Lennon terá sido manipulado por Yoko Ono.
Paul McCartney já havia negado essa versão dos acontecimentos em 2013, defendendo que Yoko Ono nada teve a ver com o fim do grupo. "Quando ela apareceu, parte da atracção que suscitava vinha do seu lado vanguardista, da sua visão das coisas. Ela indicou a John Lennon um caminho atractivo", disse McCartney. "Tinha chegado o tempo de John ir embora. Ele ia sair na mesma", concluiu então. Os Beatles acabaram em 1970.
Yoko Ono lançou na semana passada o álbum de remisturas Yes, I’m a Witch Too, resultante do disco Yes, I’m a Witch, de 2007. A nova obra tem contribuições de Moby, Death Cab for Cutie, Peter Bjorn and John e de um dos seus filhos, Sean Lennon, com uma canção que pode ser ouvida aqui em baixo. Entretanto, a 9 de Março, o Museu de Arte Contemporânea de Lyon inaugura a retrospectiva Yoko Ono: Lumière de L’aube, que retrata a carreira da artista, música, activista e performer desde os anos 1960.