Amianto vai ser removido de mais escolas, anuncia ministro da Educação
No anterior Governo foram feitas intervenções em cerca de 300 escolas
O Ministério da Educação (ME) vai rever o mapa das escolas sinalizadas com amianto e reiniciar o processo de remoção das placas de fibrocimento em escolas nunca intervencionadas, mas também em algumas que foram alvo de obras parciais.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, no parlamento, pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, em resposta a uma questão do deputado do Bloco de Esquerda, Luís Monteiro, que quis saber se "o Ministério da Educação tem algum plano ou intenção de resolver o problema com alguma urgência".
"O amianto é uma preocupação séria do Ministério da Educação e está a ser revisto o mapeamento das escolas com edifícios que estão revestidos ou cobertos com placas de fibrocimento", afirmou Tiago Brandão Rodrigues durante uma audição na comissão parlamentar de Educação, centrada nas alterações à avaliação do ensino básico anunciadas na passada sexta-feira.
O ministro quer "sinalizar os casos em que já foi parcialmente removido e sinalizar os que padecem de intervenções urgentes e priorizar" para depois começar a actuar: "Iremos avançar com um número de intervenções a cada ano, de acordo com a lista de prioridades". Para Tiago Brandão Rodrigues, "é importante conseguir obter uma catalogação do grau de prioridade das intervenções necessárias", um trabalho que diz já estar a ser desenvolvido pelos serviços ministeriais.
Em Janeiro do ano passado, a anterior equipa do Ministério da Educação deu por concluído o programa de remoção de placas de fibrocimento em mau estado de conservação em cerca de 300 estabelecimentos de ensino dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do secundário. O novo ministro disse nesta quarta-feira que o "processo tinha sido interrompido". Segundo o deputado bloquista, Luís Monteiro, "só no Norte do país existem ainda 233 escolas com telhados de amianto”.