Temperatura
1,5oC ou 2,0oC
Há três opções no texto em negociação. Uma dela diz o que já está internacionalmente acordado: que devem ser feitos esforços para que o aumento da temperatura média global fique “abaixo de 2oC” em relação aos níveis pré-industriais. Outra sugere “bem abaixo de 2oC”, com o compromisso de aumentar esforços com vista a um limite de 1,5oC. E uma terceira simplesmente fixa 1,5oC como limite máximo. É a que é defendida pelos países mais vulneráveis às alterações climáticas.
Longo prazo
Com e sem metas
Uma das opções implica fixar metas concretas de redução de emissões no longo prazo, que seriam de 40 a 70% ou de 70 a 95% até 2050, em relação a 2010. A União Europeia e outros não gostam da forma como isto é apresentado no texto, pois as metas estão acopladas a um esforço maior e mais precoce dos países desenvolvidos. A outra formulação fala apenas em “baixas emissões a longo prazo”, sem metas concretas.
Compromissos
Iguais mas diferentes
É dado assente que cada país terá de dizer, a cada cinco anos, o que é o que pode fazer para contribuir para a luta climática. Mas o texto está cheio de subtilezas. “Implementar” ou “alcançar”, por exemplo, são termos que os Estados Unidos não podem aceitar, no que toca aos seus objectivos, pois podem torná-los legalmente vinculativos. “Avaliar o progresso” ou “apresentar contas” das contribuições nacionais são, por sua vez, formulações completamente distintas. Há ainda uma proposta que diz que os países em desenvolvimento só devem responder pelos seus esforços se as nações ricas cumprirem as suas promessas de apoio financeiro.
Financiamento
Ir mais além ou não
Os países desenvolvidos mantêm a sua promessa de ajudar os mais pobres a lidarem com as alterações climáticas. E propõem um “esforço conjunto” de todos os países para mobilizar mais recursos. Mas os países em desenvolvimento querem que o acordo deixe claro que os 100 mil milhões de dólares anuais já prometidos a partir de 2020 sejam “o chão” e que haja revisões regulares deste valor.
