Reino Unido inicia ataques aéreos na Síria

Primeiras bombas largadas poucas horas depois de o Parlamento ter autorizado campanha militar contra Estado Islâmico.

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David Cameron viu a sua moção ser aprovada REUTERS/Suzanne Plunkett

O Governo britânico obteve nesta quarta-feira autorização da Câmara dos Comuns para iniciar o bombardeamento de alvos do Estado Islâmico na Síria, no âmbito da missão internacional de combate daquela organização terrorista, e não perdeu tempo a actuar: durante a madrugada, vários caças da Força Aérea britânica levaram a cabo os primeiros bombardeamentos contra os jihadistas em solo sírio, informou o Ministério da Defesa.

A moção apresentada pelo primeiro-ministro, David Cameron, para a extensão da missão militar em curso no Iraque para o país vizinho foi aprovada com 397 votos a favor e 223 votos contra, entre os quais do líder trabalhista, Jeremy Corbyn.

No entanto, os votos de 67 membros da bancada do Labour permitiram ao Governo obter a maioria robusta que reclamava para legitimar a intervenção militar na Síria. Em 2013, o primeiro-ministro vira o parlamento recusar o apoio ao seu plano de acção militar contra o Presidente da Síria, Bashar al-Assad.

Como explicou David Cameron, ao apresentar a moção, a proposta do Governo “defende a necessidade de acção militar contra o Estado Islâmico na Síria, tal como no Iraque, mas essa é uma componente de uma estratégia mais vasta. A moção também é sobre política, diplomacia e assistência humanitária, sem as quais não conseguiremos alcançar a paz na Síria”.

O primeiro-ministro britânico sublinhou que, tal como os restantes parceiros internacionais envolvidos no combate ao Estado Islâmico, a participação do Reino Unido na campanha militar contra os extremistas será exclusivamente aéreo e em caso algum prevê a mobilização de tropas para o terreno.

Na Câmara dos Comuns, o ministro da Defesa, Philip Hammond, descreveu o grupo islamista como uma “ameaça directa e iminente” à segurança do Reino Unido. Além da obrigação de proteger a sua população, o governante justificou a missão aérea na Síria como uma resposta ao apelo dos aliados e vizinhos do país. “Não podíamos ignorar o seu pedido de ajuda”, declarou, numa referência à pressão exercida pela França depois dos atentados de Paris, a 13 de Novembro.

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