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Maria de Belém focada na “luta contra a pobreza infantil”

Socialista defende maior aposta na prevenção da doença e promete apostar na área da saúde se vencer as presidenciais.

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"O nosso nível salarial muitas vezes acaba por exportar todas estas pessoas perante ofertas de trabalho que são extraordinariamente sedutoras", lamenta Maria de Belém. Miguel Manso

Caso seja eleita Presidente da República, Maria de Belém Roseira assegura que as questões ligadas à área da saúde serão centrais no seu mandato. “Uma das coisas que elegi como importante na minha candidatura foi a luta contra a pobreza infantil, porque a minha experiência ensinou-se que as crianças que não têm acesso ao essencial ficam com as capacidades cognitivas definitivamente comprometidas”, afirmou a candidata num encontro com jornalistas para apresentação de um projecto que coordenou sobre o acesso à inovação terapêutica em Portugal.

Questionada sobre o que pretende fazer de diferente se suceder a Cavaco Silva, a antiga ministra da Saúde do PS assumiu que a sua experiência na área da saúde vai ter influências nas causas a que dedicará mais atenção caso seja eleita. Maria de Belém destacou a “luta contra a pobreza infantil como uma causa nacional” como um dos principais temas que tentará trazer para o debate público.

As “políticas no domínio da prevenção da doença e da promoção da saúde” serão outra das preocupações de Maria de Belém, que considera também que Portugal precisa de mais “intersectorialidade das políticas” – o que sublinha não ser fácil “numa administração que é ainda muito verticalizada”. Depois, a socialista insistiu na importância de envolver várias entendidas em torno das políticas tomadas no sector da saúde, dando as escolas e as doenças crónicas como exemplo de áreas que podem beneficiar de uma melhor coordenação.

Maria de Belém sublinhou, contudo, que não deixará de prestar atenção aos assuntos económicos, mas também nesta área compromete-se a marcar a diferença em relação ao actual Presidente da República: “Nunca deixarei de lado aquilo que é a importância da excelência da nossa vida universitária e da sociedade do conhecimento na qual temos investir muito e na ligação entre o conhecimento e a actividade empresarial para passarmos a ter um modelo produtivo diferente”. A candidata insistiu, ainda assim, que “as causas sociais são absolutamente essenciais” e que disse que pugnará por assegurar que “todos são tratados com dignidade”. “Quero um país prestigiado e isso vai ser uma luta minha permanente”, concluiu. 

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