Maioria dos subscritores do Apple Music tem mais de 35 anos
Existem mais probabilidades de os subscritores mais velhos do Apple Music continuarem a usar o serviço de streaming de música, que agora é pago, do que os mais jovens.
Existem mais probabilidades de os subscritores mais velhos do Apple Music continuarem a usar o serviço de streaming de música, que agora é pago, do que os mais jovens.
As conclusões são avançadas num relatório da Jackdaw Research, uma empresa de investigação sobre o consumo de tecnologia, depois de realizado um inquérito a 500 pessoas com iPhones, no início deste mês, através do serviço MicroHero. No inquérito procurou saber-se quais os hábitos de ouvir música.
Se por um lado, mais de 60% dos inquiridos, com idades entre os 18 e os 25 afirmaram que experimentaram o Apple Music entre Junho e Setembro, no período gratuito; os que tinham mais de 65 anos destacaram-se por confirmar que o não o tinham feito (cerca de 65%).
Terminada a fase gratuita de teste, o estudo da Jackdaw Research apurou que 62% dos inquiridos com menos de 35 anos cancelaram o serviço de streaming de música da Apple, não avançando para uma subscrição paga. Por outro lado, 67% das pessoas com 35 ou mais anos afirmaram que estão neste momento a pagar pelo serviço da Apple.
Estes valores podem explicar-se com o facto de os utilizadores acima dos 35 anos disporem de melhores condições financeiras para poderem suportar os custos associados ao Apple Music. Em Portugal, o serviço tem um custo de 6,99 euros por mês e permite o acesso a todo o catálogo Apple Music. Por mais quatro euros (10,99 euros/mês), até seis pessoas podem ter acesso ilimitado ao serviço, sendo que cada elemento tem a sua própria conta.
Outra das explicações é dada ao Quartz por Jan Dawson, analista na Jackdaw Research. “Quando se tem mais dinheiro e menos tempo, é mais provável gastar mais para ter exactamente o que se pretende.”
Já os mais jovens pendem para os produtos gratuitos, mesmo os que têm publicidade à mistura, como o YouTube ou o Spotify, sublinha Jan Dawson. “Pessoas mais jovens têm mais tendência a serem tolerantes à publicidade. São ainda mais tolerantes sobre ter de procurar pelas coisas”, concluiu ao Quartz.