Jornalista Rafael Marques participa em vigília por activistas detidos em Angola

Concentração e vigília apoiada pela Amnistia Internacional marcada para 14 de Outubro, às 17h30 e 18h30, em Lisboa

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Rafael Marques: “No meio disto tudo Portugal é um vendedor de serviços"

A iniciativa, à qual se associa também a Amnistia Internacional, promotora de uma petição para a libertação dos 15 activistas que já recolheu mais de 24 mil assinaturas em Portugal, arranca às 17h30 no Largo Jean Monnet e prossegue às 18h30 na Praça do Rossio, na capital portuguesa.

Luaty Beirão está a cumprir uma greve de fome há 22 dias, contra o que alega ser uma detenção ilegal, e Nelson Dibango iniciou no passado dia 9 de Outubro um protesto semelhante. Os dois fazem parte do grupo que foi detido entre 20 e 24 de Junho por terem participado em reuniões políticas anti-governamentais: a 16 de Setembro acabaram por ser formalmente acusados por rebelião e tentativa de golpe, tipificados como crimes contra a segurança do Estado e passíveis de uma pena até três anos de prisão.

A Amnistia Internacional considera as detenções e acusações formuladas pelo Estado angolano contra os quinze activistas como “um exemplo chocante do quão longe as autoridades do país estão dispostas a ir para suprimir a dissidência pacífica”, e apela à libertação incondicional dos indivíduos detidos e ao respeito pelos direitos humanos por parte do regime de Luanda.

O jornalista Rafael Marques, que participará na vigília em Lisboa, foi condenado em Maio a uma pena de seis meses de prisão suspensa por dois anos, após a publicação do livro “Diamantes de Sangue, Corrupção e Tortura em Angola”, onde são descritos casos de violação de direitos humanos na região das Lundas.

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