Platini recorre da suspensão de 90 dias da FIFA

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Os fundos já são proibidos em França e Inglaterra Foto: Volker Hartmann/AFP

Na quinta-feira, Platini, o candidato à presidência da FIFA negou todas as alegações que motivaram a sua suspensão de qualquer actividade ligada ao futebol, decorrente da investigação sobre corrupção no organismo.

"Rejeito integralmente as alegações que me são imputadas e que se baseiam em simples aparências jurídicas, que são, elas próprias, de uma imprecisão surpreendente", escreveu Platini, sobre quem recai a suspeita de ter recebido um pagamento irregular da FIFA de 1,8 milhões de euros.

Platini disse sentir "uma revolta profunda, mais do que um sentimento de injustiça ou de vingança", por aquilo que qualifica como "uma farsa" e recusa acreditar que se trata de "uma decisão política para manchar uma vida dedicada ao futebol ou para destruir a candidatura à presidência da FIFA".

Além de Platini, a Comissão de Ética da FIFA suspendeu por igual período o suíço Joseph Blatter, presidente demissionário do organismo, que também recorreu da decisão, e o francês Jérôme Valcke, secretário-geral.

O sul-coreano Chung Mong-Joon, que também já assumiu a candidatura à sucessão de Blatter nas eleições marcadas para 26 de Janeiro de 2016, foi suspenso por seis anos e multado em 100 mil francos suíços (perto de 91 mil euros), tendo anunciado também a intenção de recorrer.

Se os recursos forem rejeitados, os visados podem recorrer ainda ao Tribunal Arbitral do Desporto, sediado em Lausana, na Suíça.

A Comissão Executiva da FIFA, liderada interinamente pelo camaronês Issa Hayatou, já marcou uma reunião extraordinária para 20 de outubro com o objectivo de analisar a crise que abala a entidade.